Escolas estaduais de SP apresentam projetos na maior feira de ciências e engenharia do Brasil

A mostra é dividida em sete categorias: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas e Engenharia, e os projetos das escolas estaduais têm representação em todos os temas.
Na E.E. Jesuíno de Arruda, em São Carlos, dois projetos são finalistas. O primeiro estudou o envolvimento dos insetos, como as cochonilhas, pulgões e moscas brancas, consideradas pragas agrícolas na região de São Carlos, e a recente descoberta de que uma vespa seria a potencial predadora dessas pragas. “O nosso objetivo é melhorar o controle dessas pragas e colaborar com a agricultura”, explica a estudante Ana Laura de Campos Marascalchi.
Outra inovação criada na escola, é o projeto de biosecagem do lodo que é descarregado em aterros sanitários e acaba degradando o meio ambiente e o solo do local. “Com o nosso reator, podemos secar o lodo e reutilizar como combustíveis de termoelétricas”, conta o estudante Luiz Gustavo Cardoso do Egito.
Ainda em São Carlos, a E. E. Professora Maria Ramos apresentou um estudo sobre sustentabilidade que pretende confeccionar biomadeira por meio do bagaço da cana-de-açúcar misturado ao isopor e garrafa. “Nós queremos compor a produção da madeira, sem a necessidade do desmatamento”, exemplifica a aluna Isadora Ruano Godoy Bueno.
Já o alcance da E.E. Mário Pereira Pinto, em Campo Limpo Paulista, chega até o espaço sideral. Os alunos da unidade criaram um dispositivo de telemetria que detecta os dados do ambiente e os transmite em tempo real para os tripulantes ou controladores externos de uma simulação de foguete. “Estou fazendo conexões com outros adolescentes, conhecendo outras pesquisas e buscando soluções para os problemas que temos em nossos projetos”, conta Daniel de Faveri Toledo sobre a participação na feira.
Com um olhar para a juventude e as políticas públicas, a E.E. Dr. Cesário Coimbra, em Araras, resolveu auxiliar o serviço social da cidade e a câmara dos vereadores com um mapeamento sobre como é o contato de alunos no Ensino Médio com as drogas, analisando as causas e motivações. “Nós notamos que as políticas prevenção ao uso das drogas direcionado ao ensino fundamental e não ao ensino médio, ao qual o contato com as drogas é muito maior. Por isso resolvemos quais as melhores políticas para a prevenção e acolhimento deles”, explicam os estudam.
A capital paulista é representada pela E.E. Brasílio Machado, que apresenta alternativas para aquecimento global. O Projeto Florestas do Saara é uma instalação autossustentável tecnológica com o objetivo de produzir água potável, alimento, energia limpa e biomassa, tudo isso a partir da água do mar e o calor do sol. “Com o aquecimento global, ocorreu o aumento dos desertos quentes, assim como o da temperatura. Este fato se tornou um problema mundial.”, relatam empolgadas, a dupla de estudantes Erine Chen Bi Ting e Érika Chen Bi Min.
Por fim, a E.E. Carlos Alberto Pereira, em Itapecerica da Serra, analisou sobre como é a relação da mídia na divulgação de informações e publicações sobre violência contra a mulher negra, principalmente quando se trata de violência sexual. “Verificamos qual o motivo da pouca visibilidade das mulheres pretas dentro da mídia. Também fizemos um levantamento de quantas jornalistas eram representadas por mulheres negras”, explica a aluna Julia Aragão.
Os projetos também estão expostos na plataforma virtual da FEBRACE (https://virtual.febrace.org.br/), onde o público pode acessar conteúdos sobre os projetos e votar nos seus preferidos. Os mais votados ganham o prêmio de votação popular.