Em Jundiaí, a história está por todos os lados, nos monumentos, nas praças, nas pessoas e na atuação da Dae. Responsável pelo fornecimento de água, coleta e afastamento de esgoto na cidade, a empresa é, há mais de um século, parte fundamental da evolução local.
Para traçar a linha do tempo desta instituição e do saneamento básico em Jundiaí, basta olhar para o chão e ler as datas estampadas nas tampas dos poços de visita (os ‘PVs’) espalhadas por ruas, avenidas e espaços públicos. Algumas ainda levam a antiga ortografia da língua portuguesa, em que é possível ler as identificações “Exgotto” e “Jundiahy”.
“Os tampões têm a tarefa de cobrir buracos ou vãos, ajudando a proteger os pedestres e veículos que passam pelas vias”, explica o chefe da Seção de Controle de Qualidade dos Materiais, Olavo de Oliveira. “A troca é feita quando apresentam algum tipo de deformidade. Por isso, em alguns locais ainda encontramos modelos antigos, que mesmo com o tempo continuam em boas condições”.
“Os tampões têm a tarefa de cobrir buracos ou vãos, ajudando a proteger os pedestres e veículos que passam pelas vias”, explica o chefe da Seção de Controle de Qualidade dos Materiais, Olavo de Oliveira.
Na rua Barão de Jundiaí, no Centro, e em outros bairros mais tradicionais da cidade, como a Vila Arens, a Vila Rio Branco e a Ponte São João, o tampão de PV mais antigo é datado de 1904, ano em que teve início o serviço de esgoto no município.
Na época nomeada Diretoria de Água e Esgoto, a Dae era uma parte do Departamento de Obras da Prefeitura de Jundiaí e construía com tijolos a abertura de encaixe dos tampões, que precisavam ser totalmente retirados durante reparos na rede.
Já entre as décadas de 1960 e 1970, quando o serviço realizado pela Dae foi convertido em autarquia municipal, essa abertura passou a ser de blocos de concreto. Os tampões mais recentes, feitos de ferro fundido manejável, começaram a ser utilizados no fim da década de 1990 e marcaram a mudança de Dae para Dae S/A.
Em 2018, esse modelo passou por melhorias, passando a ser feito por anéis de concreto e um cone, no qual a tampa é assentada. Os novos tampões são articulados por dobradiças.
Servidor da Dae há mais de 40 anos, João José Viveiros, diretor de Manutenção, vê essa evolução como um ganho para a empresa. “A Dae passou por várias mudanças, inclusive nos tampões. Os mais antigos eram apenas uma tampa de ferro, que lembra o formato de um escudo, com furos para encaixar a ferramenta”, lembra ele. “Essa evolução facilitou muito o trabalho. A articulação das dobradiças permite que a abertura dos PVs seja feita com mais segurança”, avalia.
Nas ruas de Jundiaí, ‘tampões’ contam a história da Dae e da cidade
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