Celulares têm 10 vezes mais bactérias que assentos do banheiro

Já parou para pensar em quantas bactérias vivem no seu celular? De acordo com um estudo da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, publicado em 2022, os aparelhos carregam 10 vezes mais bactérias do que a maioria dos assentos de privadas dos banheiros.
Isso acontece porque os banheiros normalmente são limpos com certa frequência, já aparelhos celulares e outros objetos de manuseio similar, como controles remotos e chaves, muitas vezes são deixados de fora da rotina de higienização.
O estudo aponta também que o principal problema desse cenário é o compartilhamento de telefones entre as pessoas. Sem essa divisão, cada telefone carrega apenas um conjunto de germes e não deixa seu dono doente.
É estimado que uma pessoa comum toque a tela do celular 2.617 vezes por dia. No caso de usuários que usam ainda mais o aparelho, o número pode dobrar para 5.427 cliques na tela. Isso indica que as mãos humanas estão constantemente transmitindo bactérias ao tocarem em corrimãos, apertar as mãos, pressionar botões do elevador e etc.
Um estudo publicado em 2022, na revista Scientific Reports, analisou os telefones de 26 médicos de um hospital. Durante a pesquisa, os cientistas encontraram cerca de 1.307 cepas bacterianas diferentes, além de uma ampla coleção de fungos e vírus. Apesar do ambiente hospitalar ter influenciado o resultado, é evidente que os celulares são aparelhos propícios a carregarem bactérias que causam doenças.
Antes, em 2011, cientistas da London School of Hygiene & Tropical Medicine já haviam descoberto que até 16% dos telefones têm quantidades significativas da bactéria Escherichia coli, responsável por causar intoxicação alimentar.
Além disso, os pesquisadores encontraram outros tipos de bactérias, como: Staphylococcus, que causam infecções; Actinomycetota, uma ampla família que podem causar tuberculose, difteria e vaginose bacteriana; Citrobacter, responsável por causar infecções no trato urinário e Enterococcus, que também causam uma variedade de infecções.
Outro estudo científico, citado pelo site IFLScience, ressalta que os smartphones também abrigam bactérias resistentes a antibióticos. A pesquisa descobriu que 69,9% dos telefones dos profissionais de saúde carregam bactérias multirresistentes.
Apesar do cenário alarmante, é possível higienizar os celulares sem muito trabalho. Para isso, basta limpar o aparelho usando um pano macio e sem fiapos ou um algodão, e fazer a limpeza usando álcool 70%. O produto irá matar os patógenos mais agressivos e deve evaporar antes de entrar na parte interna do dispositivo.