Anselmo Brombal
No domingo de manhã – mais ou menos às 10 horas – banhistas que estavam numa praia do Rio Tapajós, no Pará, foram expulsos do lugar por seguranças do presimente crustáceo e por soldados da Marinha do Brasil. Motivo: oi pinguço queria tomar seu banho sem ser incomodado. Sem risco de vaias. Sem possibilidade de protestos. E isso gerou revolta na população da cidade de Santarém.
Não é a primeira vez que o pai dos pobres faz isso. No fundo, ele sabe que não é bem visto. Nem é bem quisto. Bem diferente do presidente anterior, que onde ia arrastava multidões. E ainda hoje, longe do poder, continua sendo aplaudido por onde passa. Afastar a plebe do convívio era uma prática dos faraós do antigo Egito. Mas faraós eram considerados deuses. O pinguço é considerado demônio.
Não se sabe quem lucrou mais com isso. O Luiz Bebácio, que evitou o constrangimento das vaias. Ou o povo que não precisou entrar nas águas agora poluídas do Rio Tapajós. Certamente a praia escolhida pelo presimente agora é imprópria para banho. O pior de tudo é que a cuidadora do pinguço postou foto em redes sociais, mostrando o por do sol da região. E com legenda: Foi um dia perfeito.
O mais triste de tudo isso é saber que soldados da Marinha do Brasil, que faz parte das Forças Armadas, fizeram o papel de jagunços, expulsando o povo da praia. Muito triste. Pessimamente triste. Soldados que deveriam estar treinados para o combate fazendo esse ridículo papel.
E a prática, pelo jeito, não vai ficar nisso. O presimente não gosta de povo pobre. Só gosta do dinheiro do pobre, inventando impostos a cada dia que passa. Bem diferente do ex-presidente. Por sinal, no fim de semana, Bolsonaro foi a um restaurante em Brasília. Foi aplaudido pelos frequentadores. Tirou fotos, deu autógrafos. Só não discursou porque não era a hora.
A propósito: as leis não permitem praias particulares no Brasil. O Rio Tapajós nunca mais será o mesmo…
