Ele praticamente “nasceu” dentro de um cesto de balão. Aos 23 anos, o paulista Fábio Pascoalino Passos herdou dos pais e do avô a paixão e o talento como competidor. Filho de Katherine Pascoalino Passos e do pentacampeão brasileiro de balonismo Fábio Passos, o jovem piloto venceu recentemente o Campeonato Brasileiro, disputado em junho em Boituva, e a Copa do Brasil, realizada em quatro etapas, onde ele somou três vitórias (Araxá/MG, Rio Claro/SP e Araçoiaba da Serra/SP) para garantir o título com antecedência.
É a segunda vez que o piloto de Itupeva vence ambas as competições. Evento máximo do balonismo no país, o Campeonato Brasileiro também elege os representantes do Brasil para a disputa do Mundial.
Pascoalino é atualmente o número 1 do ranking nacional e também já garantiu vaga para o Mundial Júnior, que será realizado este mês, entre os dias 22 e 27, para pilotos até 27 anos, e o Mundial de 2024 na Hungria, para os melhores do mundo de todas as idades.
O brasileiro já embarca neste domingo (6) para a Europa. Antes do Mundial Júnior, que será disputado na Polônia, ele também participará do Campeonato Nacional Inglês, integrando a equipe de solo do piloto britânico Dan Gregory.
Será a segunda vez que Pascoalino disputará o Mundial Júnior. Na edição de 2021, ele foi o quarto colocado na competição, também realizada na Polônia. O objetivo este ano é lutar pelo título e o piloto parte focado para isso.
Após o Mundial Júnior, ele ainda competirá o Pré Mundial na Hungria, entre os dias 7 e 14 de setembro. A prova servirá como preparativo para o Mundial de 2024.
Na edição de 2022 do Mundial, que aconteceu na Eslovênia, Pascoalino conseguiu um feito importante para o esporte no Brasil e foi o sétimo colocado entre 103 competidores, sendo o mais jovem deles. O bom resultado do piloto abriu mais uma vaga para o Brasil na competição mundial e o país pode levar agora três representantes para a disputa.
“Minha expectativa para o Mundial Júnior é a melhor possível. Treinei e me dediquei muito desde o último Mundial e espero conquistar o título e trazer mais uma vaga para o Brasil no Mundial da Hungria”, comentou Pascoalino, que faz parte da equipe RVB Team desde 2018, mesmo time de seu pai nas competições.
Para chegar bem preparado, o piloto tem treinado intensamente. “Procuro voar aos finais de semana em Boituva, estudo os ventos dos locais das competições e, fisicamente, me mantenho ativo. Gosto de jogar futebol com os amigos e sempre que possível treino na academia, o que ajuda bastante, pois o equipamento é pesado e requer um certo preparo físico”, lembrou.
Sobre a conquista da Copa Brasil, encerrada no último final de semana e que contou com 30 balonistas, Pascoalino destacou a grande competitividade. “Não foi uma disputa fácil. Os melhores pilotos participaram e, como são muitas etapas, deve-se manter regularidade na pontuação das tarefas. Todas as etapas foram difíceis, pois foram realizadas em várias cidades e em condições climáticas diversas e desafiadoras”, contou.
Balonismo no DNA
Com um pai pentacampeão brasileiro e que pilota balões desde 1991 e uma mãe que sempre esteve envolvida no esporte, fazendo resgate e medindo os ventos no solo, foi natural para Pascoalino seguir esse legado no esporte.
Mas, além dos pais, ele também herdou a paixão pelo balonismo de outros membros da família. O avô materno, Wagner Pascoalino, também é piloto de balão e voou com o jovem dos 17 aos 18 anos, quando ele ainda não tinha brevê, mas queria participar das competições. Os tios, primos e avós sempre que podem também formam equipes nos campeonatos.
“Eu digo que faço parte da equipe dos meus pais desde a barriga da minha mãe. Ela ficou grávida no Campeonato Mundial de 1999, na Áustria. No ano seguinte, após o meu nascimento, com 45 dias, fui a Espanha com eles nos Jogos Aéreos Mundiais. Desde então, acompanhei meus pais em todos os Campeonatos Mundiais”, obervou Pascoalino.