Em Jundiaí, perdas gestacionais serão tema para atividades e capacitações

A perda gestacional e neonatal precisa de respeito e um luto reconhecido. Com essa frase foi iniciada reunião, na segunda-feira (11), no Gabinete do prefeito Luiz Fernando Machado, com gestores e mães que passaram pela dolorosa vivência, com objetivo de desenvolver ações e qualificar protocolos específicos para os casos, que demandam estrutura, treinamento e cuidados específicos.
No dia 15 de outubro é celebrado o Dia Internacional de Sensibilização das Perdas Gestacionais e Neonatais e, neste ano, o evento organizado pelas mães Bruna Spregacini Diez e Juliana Santos – que passaram por esses tipos de perdas – contará com o apoio da Prefeitura de Jundiaí, para a mobilização da sociedade. “Tratar do tema a partir de políticas públicas, que adequem e renovem protocolos, fluxos e sistemas de atendimento, para garantir o melhor cuidado para as famílias é essencial e Jundiaí, como Cidade das Crianças, promoverá as ações e investimentos necessários para o melhor atendimento”, afirma o prefeito Luiz Fernando Machado.
“A intenção é trazer luz ao tema e sensibilizar a sociedade, para que estejam capacitados para falar em situações de perda do bebê. O reconhecimento da existência do bebê que é um filho, um neto, um sobrinho é importante para se fechar o ciclo do luto”, comenta Bruna, que participou virtualmente, pois mora na cidade de Xalapa-Enríquez, capital do estado de Veracruz, no México.
De acordo com o gestor de Promoção de Saúde Tiago Texera, o Hospital Universitário, referência em atendimento materno infantil, já conta com alguns protocolos específicos para casos de natimortos e outros avanços serão implementados com a reforma na estrutura do hospital. “O projeto da reforma do HU – que tem previsão para ser iniciada neste segundo semestre – já inclui quartos específicos para o atendimento a essas mães, para que não estejam no mesmo ambiente da maternidade”, adiantou.
De acordo com Juliana Santos, a programação para o dia 15 já tem a Sala São Paulo, no Expressa (antigo Complexo Fepasa), reservada. “Teremos palestras com temas que promovam a sensibilização, o cuidado e o acolhimento e será aberto a toda a população, pois qualquer pessoa pode passar pela situação ou conhecer alguém que está vivenciando essa perda. Ainda teremos oficinas dedicadas às mães e famílias que passaram pela situação”, explicou.