A empresa médica Diagnóstico por Imagem e Oftalmologia (DIO), quem tem como socio membros da família do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil – MA), lucrou R$ 6,2 milhões com serviços prestados à população maranhense sem licitação. Contratos da empresa são questionados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Localizada em São Luís, Maranhão, ativa desde de 2015, a empresa recebeu a permuta da Prefeitura de São Luís de 2017 a 2019, sem ter vencido uma concorrência pública para receber profissionais de diagnóstico e laudo de exames.
O TCU avaliou outros contratos da empresa, como com o Hospital Jackson Lago, do governo estadual do Maranhão. Os auditores concluíram que a empresa recebeu o valor cheio contratual de R$ 3,65 milhões, pagos de janeiro de 2017 a dezembro de 2018.
A empresa tem como sócios os cônjuges do ministro Juscelino e da prefeita afastada Luanna Rezende (União Brasil -MA), irmã de Juscelino, Lia Rezende e Rodolfo Leite, respectivamente. A Dio não está no nome do ministro, mas chegou a ser registrada no endereço em que ele morava.
Além dos cônjuges, a mãe de Juscelino Filho, Maria Cavalcanti Filho, era secretária municipal de Meio Ambiente durante o período em que as empresas atuavam sem licitação. Juscelino afirma que acusações são forma de “Atacá-lo moralmente”
Em nota divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, o Ministério das Comunicações disse que Juscelino Filho não é sócio da empresa. “A tentativa de associá-lo é mais uma da coleção de ilações que tentam responsabilizá-lo pela atuação de terceiros, com o propósito claro de atacá-lo moralmente. Prova disso é que tais fatos, já explorado pela mídia em passado recente, não demonstrou e nem demonstrará, nenhuma correlação com a sua gestão à frente do Ministério das Comunicações, tampouco com o seu mandato parlamentar”, disse a pasta.
O ministro das Comunicações de Lula é alvo de suspeitas da Polícia Federal sobre a possível fraude em convênios para obras de pavimentação entre a estatal federal Codevasf e o município de Vitorino Freire. A irmã do ministro e prefeita de Vitorino Freire também é suspeita da PF. O Supremo Tribunal Federal afastou a prefeita Luanna Rezende do cargo há nove dias.
As informações são do site Diário do Poder.
Empresa familiar de ministro de Lula já lucrou R$ 6,2 milhões sem licitação
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