Anselmo Brombal – Jornalista
Não é difícil entender porque o PT, via ministro do Trabalho, quer a volta do Imposto Sindical. Obrigatório, como nos tempos das repúblicas sindicalistas. E agora quer esse imposto multiplicado por três. Isso mesmo, três. Antes de deixar de ser obrigatório (entenda-se por extorsão, confisco, expropriação ou coisa parecida), todo trabalhador deixava um dia de seu salário por ano. Agora a proposta é que sejam extorquidos três dias.
Não há lógica. Nem argumento. Mas é preciso entender que esse imposto é o que mantém a pelegada fiel ao PT. Não é segredo que a base do PT está nos sindicatos, que praticamente foram à míngua depois que o imposto deixou de ser obrigatório. E, acredite ou não, o PT ganha em qualquer das situações trabalhistas.
Se há mais empregos, mais gente trabalhando, maior será a arrecadação do Imposto Sindical. Com isso, os sindicatos ficam mais fortes, mais ricos e podem ajudar o partido em eleições, manifestações e outros quetais. Alguém já parou para pensar? Quem paga os ônibus e os lanches de mortadela quando há comícios e protestos? No fundo, todos nós.
Se o desemprego é grande, o PT também lucra. Sem trabalho, há mais gente desocupada disposta a mostrar sua insatisfação, ou sua revolta, em passeatas e outras manifestações. Quem está trabalhando não tem tempo de durante a semana agitar bandeira ou repetir slogans nas passeatas. E com mais gente insatisfeita, fica mais fácil plantar o discurso de soluções para tudo.
Há outro fator nessa história. A manipulação que a mídia tradicional faz dos fatos. Passeata do PT com 50 participantes pode chegar a um milhão de participantes na Folha de São Paulo. Ou a milhares na CNN ou no Jornal Nacional. E aí? Você acha que jornalistas manipulam informações por idealismo, por convicção? É por dinheiro.
E de onde vem o dinheiro? Do governo, às emissoras e aos jornais, em forma de publicidade. E dos sindicatos para jornalistas. Normalmente no “por fora”. Hà notórios jornalistas de esquerda recebendo dinheiro para falar bem do governo. E receberam muito para falar mal quando o governo era Bolsonaro. E deve ser tanto dinheiro correndo que nunca, na história do nosso país, alguém foi e está sendo tão perseguido como o ex-presidente Bolsonaro e sua família. De graça? Conta outra.
Se com um dia de trabalho antes havia toda essa força, imagina-se como será com três dias. Fez o L? Agora aguenta.