segunda-feira, 16 setembro, 2024
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Falta de policiais é o maior desafio das Delegacias da Mulher de SP

A falta de recursos humanos é atualmente o principal problema enfrentado nas Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) em solo paulista. É o que revela uma pesquisa realizada pela Frente Parlamentar em Prol das DDMs e que reforça preocupação antiga do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp). Segundo a entidade, a Polícia Civil bandeirante tem, hoje, mais de 16,9 mil cargos vagos – um déficit de quase 40% nos quadros da instituição.
O levantamento veio a público recentemente durante o lançamento da mais nova Frente Parlamentar, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Para o estudo, foram ouvidas 41 pessoas, todas vinculadas, de alguma maneira, ao expediente de uma DDM ou da Polícia Civil. Os entrevistados citaram 118 pontos de melhorias para os equipamentos. As informações foram classificadas, na tabulação final, em sete grupos.
A conclusão é de que, dois a cada três apontamentos compartilhados durante a apuração recaem em falta de recursos humanos como o maior desafio no dia a dia das DDMs. Em segundo lugar, está a necessidade de maior valorização destas delegacias e dos policiais que nelas atuam. Potencializar o atendimento psicossocial das vítimas é a terceira questão mais citada. Falta de recursos materiais, adequação e reformas dos prédios, a necessidade de treinamento dos policiais e demais problemas aparecem na sequência.
A presidente do Sindpesp, Jacqueline Valadares, lembra que o Estado de São Paulo tem a maior rede de DDMs do País, com 140 Delegacias, e que, a despeito das dificuldades, a estrutura presta relevantes serviços à população. Contudo, a delegada não minimiza os desafios que devem ser enfrentados, conforme revelou a pesquisa divulgada, há poucos dias, na Alesp:
“Este estudo, inclusive, é fundamental como fonte de consulta e como instrumento de transformação e de modernização para o Estado poder investir melhor em suas DDMs. Estas Delegacias, afinal, são os pilares de apoio, de proteção e da Justiça para as mulheres vítimas de violência e, também, desempenham papel crucial na coleta de informações e na formatação de estatísticas quanto a casos de violência de gênero”.
Jacqueline lembra que as DDMs não apenas atendem a população numa demanda “indiscutivelmente sensível”, como também contribuem no oferecimento de respostas institucionais “mais eficazes”. Portanto, o investimento em recursos humanos “é essencial”.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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