Em 2010, esse índice era de 36,5 idosos para cada 100 crianças. Índice do Brasil é de 55. O estado é a quarta unidade da federação com maior proporção de idosos no Brasil. O grupo de crianças de 0 a 14 anos representava 33% da população em 1980, 21,5% da população em 2010 e 18% em 2022, o que causou o estreitamento da base da pirâmide.
Se o Brasil está mais velho do que nunca, São Paulo está ainda mais. O adjetivo “velho” é mais utilizado como algo ruim, mas essa é uma ótima notícia para a expectativa de vida, e uma não tão boa para a economia.
Segundo o Censo do IBGE 2022 divulgado na sexta-feira (27), o estado de São Paulo tem 66,3 idosos para cada 100 crianças. Em 2010, esse índice era de 36,5, evidenciando o processo de envelhecimento da população. O estado é a quarta unidade da federação com maior proporção de idosos no Brasil.
O índice de envelhecimento mostra a relação de idosos de 65 anos ou mais em relação à população de 0 a 14 anos. Quanto maior o valor do indicador, mais envelhecida é a população.
No Brasil, o índice é menor, de 55,2 em 2022, indicando que há 55 idosos para cada 100 crianças de 0 a 14 anos. Em 2010, o índice de envelhecimento era de 30,7.
A cidade com o maior índice de envelhecimento no Estado é Turmalina, no interior de São Paulo, com 205,4 idosos para cada 100 crianças, e o município de Itapevi, na Grande São Paulo, tem o menor índice (31,8).
Com o aumento da participação da população com 65 anos ou mais, o topo da pirâmide populacional de São Paulo se alargou: era de 4,1% em 1980, 7,8% em 2010, no total de homens e mulheres, passando a 11,9% em 2022. Melhoria na qualidade de vida, de saúde e redução da violência são apontados como as principais causas.
Para economistas, o Brasil precisa aplicar medidas estruturais e de longo prazo para sustentar o envelhecimento populacional. A avaliação, no entanto, é que o país ainda demora a agir. “Nós estamos sempre atrasados. Não fizemos as reformas quando o país era mais jovem, e não fizemos quando começou a envelhecer. Mudanças demográficas são mais previsíveis. Se conseguimos prever, deveríamos agir de maneira mais adequada”, diz Eduardo Afonso, da USP.
Para ele, a reforma da Previdência aprovada em novembro de 2019 foi essencial, mas não o suficiente. Ele aponta que o texto deixou pontos importantes em aberto — e que precisarão ser revisados nos próximos anos.
Na outra ponta, ou melhor, na base da pirâmide, está o grupo de crianças e adolescentes de até 14 anos, que foi reduzindo ao longo das décadas acompanhando a queda na taxa de fecundidade das mulheres. O grupo de crianças de até14 anos representava 33% da população em 1980, 21,5% da população em 2010 e 18% em 2022, o que causou o estreitamento da base da pirâmide .
A idade média do paulista é de 36 anos.
São Paulo tem 93 homens para cada 100 mulheres. É a sexta unidade da federação com mais mulheres. A diferença entre o número de homens e mulheres foi aumentando ao passar das décadas. Em 1980, a proporção era igual, 100, depois caiu para 97,7 homens para cada 100 mulheres em 1991, 96, em 2000, 94,8, em 2010, e 93 agora em 2022.
Em relação à proporção, o município Balbinos tem o maior número de homens: 443,6 para cada 100 mulheres. Santos é a cidade com maior população feminina: 82,9 homens para cada 100 mulheres.
SP envelhece acima da média brasileira – 66 idosos para cada 100 crianças
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