Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil revelou que a advocacia brasileira é majoritariamente feminina: 51,43% são mulheres. As informações fazem parte do Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira (PerfilAdv) e foram apresentadas na 24ª Conferência Nacional da Advocacia.
Os dados revelam que 52% dos advogados do Brasil têm menos de 10 anos de carreira. Além disso, 53,58% atuam exclusivamente no interior ou se dividem entre as regiões e capitais. Outro dado importante é que a maior parte recebe menos de cinco salários mínimos por mês, o que equivale a R$ 6,6 mil.
A pesquisa também mostra que apenas 4,93% dos advogados ganham mais de 20 salários mínimos, piso remuneratório aproximado do Ministério Público e da magistratura.
“O objetivo do Conselho Federal foi o de conhecer a realidade da advocacia brasileira, identificando suas dificuldades, peculiaridades e regionalidades. Acreditamos que essa ferramenta será essencial para superarmos os desafios da advocacia, proteger suas prerrogativas e prepará-la para atender ao cidadão e cumprir sua missão junto à sociedade”, explica o presidente nacional da OAB, Beto Simonetti.
O levantamento aborda 42 questões, divididas por temas, que incluem o perfil sociodemográfico e atuação profissional, saúde, uso da tecnologia, prerrogativas e honorários. Ao todo, mais de 45 mil profissionais responderam o estudo.
Entre os participantes, 64,5% apontaram ter a cor branca; 26,7% parda; 6,72%, preta; 1,56%, amarela; e 0,47%, indígena. A maior faixa de idade dos que exercem a profissão é a que vai dos 24 aos 44 anos, com 57,7%.
Advocacia brasileira é predominada por mulheres, revela pesquisa da OAB
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