Anselmo Brombal – Jornalista
Todo mundo sabe que o homem é um bicho bobo. Pelo menos a maioria. Em outros tempos, marujos se encantavam com o canto das sereias, diz a lenda. A realidade é outra. O bicho bobo se encanta mesmo é com as vaginas. É só ler a história do mundo para entender. Nos tempos atuais, a regra continua valendo. Comecemos pelo Império Romano. Calígula acabou se casando com uma prostituta, Cesonia. Não foi a única. Calígula teve outras mulheres, inclusive caso com sua irmã, Drusila. O encanto funcionou.
Houve outros casamentos “encantados”. Aqui no Brasil não é diferente. Tivemos todos os tipos de primeiras-damas. Getúlio Vargas era casado com dona Darcy. Bem discreta. Juscelino, com dona Sara. Jânio Quadros com dona Eloá. João Goulart com dona Maria Thereza, considerada até hoje como a mais bonita de todas. Dos presidente militares pouco se sabe, a não ser que Geisel era casado com dona Lucy e João Figueiredo com dona Dulce. E então a coisa desandou.
José Sarney, que de fato se chama José Ribamar, foi casado com dona Marly, que não fedia nem cheirava. Depois foi a vez de Fernando Collor, casado com Rosane, uma jagunça que encontrou no sertão de Alagoas. Antes havia se casado com Lilibeth Monteiro de Carvalho, filha de um dos maiores empresários do país. Rosane era deslumbrada e gostava de um barraco.
Itamar Franco, que o sucedeu, não tinha mulher, pelo menos oficialmente. A fotografia mais famosa de sua época é de um carnaval, onde estava num palanque ao lado da modelo Lílian Ramos. E Lílian estava sem calcinha. Aí veio Fernando Henrique, casado com dona Rute. Séria e recatada, comportamento de uma primeira-dama de verdade. Em seguida o Lularápio, na época casado com com dona Marisia. A mesma que fez fortuna vendendo perfume da Avon.
Pelo que se sabe, Dilma não tinha mulher… Michel Temer ainda é casado com a bela Marcela. Bolsonaro levou para o palácio a bonita Michelle. Até que voltamos ao tempo das baixarias. Lularápio, depois de viúvo, é casado com Janja, a mesma que dava plantão na porta da cadeia em Curitiba para a tal visita íntima com o presidiário. A situação hoje:
1 – Quem manda de fato é Janja. Tem gabinete do palácio, embora não tenha sido eleita para nada. Controla a agenda do molusco. Participa de reuniões do ministério. Indica amigos e amigas para cargos bem pagos. Repreende o marido com bilhetes e sinais. Em público. Não tem noção de comportamento – parece uma biscate das bem fuleiras. Se veste mal e gosta de aparecer.
2 – O vice-presidente eleito é Geraldo Alckmin, o mesmo que enfiou a carreira no rabo ao se aliar ao molusco. E nem gabinete ele tem. Dizem que ele é o vice de Janja. Não apita nada. É convidado para solenidades e aparecimentos em público quando não há nenhuma opção. E fica quieto, não esperneia, porque não é trouxa de se meter. É o bobo da corte, mas conhece o poder da vagina janjal. Até o jornal francês Le Monde, um dos mais respeitados da Europa, já percebeu isso.
Lembra bem o período imperial. Dom Pedro iº tinha Domitila de Castro como amante. Fez dela a Marquesa de Santos, que também fazia um papel muito parecido com o de Janja. Mandava mais que o imperador. Ordens dadas na cama não são discutidas. São cumpridas. Ou então a vagina entra em greve.
Não vamos nos estender. É esperar para ver o que acontece. E pelo jeito o velho da lancha está bem encantado e seguindo uma máxima: cavalho velho gosta de capim novo. Pelo menos para comer.