domingo, 24 novembro, 2024
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Hospital Universitário reduz infecções em UTI Neonatal

Através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi), em parceria com os hospitais Albert Einstein, Sírio-Libanês, BP, Hcor, Oswaldo Cruz e Moinhos de Vento, o projeto de segurança voltado para os pacientes da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Universitário de Jundiaí conseguiu reduzir em 80% as infecções relacionadas à assistência à saúde. Devido à queda substancial no número de agravos, além da melhoria direta aos pacientes, houve, durante o período de 2 anos, economia de R$ 3,7 milhões.
“O cuidado com os pequenos é essencial para o desenvolvimento pleno da primeira infância. Para isso, um avanço como esse, que reduz a gravidade dos casos de infecção na UTI Neonatal, é imprescindível. Essa melhora na saúde pública é uma vitória para a cidade.” destacou o prefeito Luiz Fernando Machado
O impacto positivo do programa foi destacado pelo médico responsável pela UTI neonatal do HU e diretor clínico, André Grion, que ressaltou a diminuição significativa no tempo de internação hospitalar e no uso de antibióticos. “Deixamos de gastar R$ 3,7 milhões ao longo do período, reduzindo significativamente o tempo de internação hospitalar dos pacientes, na medida que evitamos as infecções também economizamos com a redução dos insumos utilizados, tratar uma infeção custa caro ao serviço de saúde”, enfatizou Grion.
As infecções evitadas abrangeram casos relacionados ao uso de cateter venoso central e pneumonia associada a ventilação mecânica. O acompanhamento de aproximadamente 350 pacientes no HU foi fundamental para avaliar o sucesso do programa. Itibagi Rocha Machado, superintendente do HU, sublinhou a importância da luta contra as infecções hospitalares, destacando que “as infecções são motivos de preocupação mundial devido ao impacto significativo na segurança do paciente e nos custos hospitalares”.
Na fase inicial do projeto, uma equipe especializada em segurança do paciente do Hospital Albert Einstein visitou o HU, identificando processos que necessitavam ser implementados e outros melhorados. Isso envolveu mudanças estruturais e processuais, incluindo a revisão dos protocolos de prevenção de infecções e a implementação de treinamento contínuo. Segundo Grion, a prática de higienização constante das mãos em cada incubadora reduziria os riscos. “Atingimos uma taxa de higienização de mãos de 96% na nossa UTI, muito acima da média nacional”, ressaltou o diretor clínico.
Outras ações também foram adotadas para contribuir na redução de infecções, como a readequação da identificação do leito do paciente, separação de áreas úmidas e de preparo de medicamentos, instalação de quadro de gestão diária, acomodação de acrílicos para guardar prontuários e documentos dos pacientes, crachás com dicas preventivas, visitas multiprofissionais diárias onde são discutidos todos os pacientes, troca mais frequente de cateter, relatórios diários de consumo de materiais e procedimentos, entre outras.
Apesar da certificação hospitalar de excelência ONA nível 3, o HU reconhece a importância de revisar e aprimorar os protocolos e processos em busca da melhoria contínua. O próximo passo do projeto é estender essas práticas bem-sucedidas para outras UTIs do hospital e, posteriormente, para a rede pública de saúde.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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