quarta-feira, 27 novembro, 2024
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1ª sessão da Câmara neste ano foi bem “animadinha”

Durou quase quatro horas a primeira sessão do ano da Câmara de Jundiaí, que aconteceu na manhã desta terça-feira. Começou calma, com homenagem a ex-vereadora e professora Neizy Cardoso, falecida recentemente. Depois uma homenagem à Associação de Educação do Homem de Amanhã, a “Guardinha”, iniciativa de todos os vereadores, O presidente da associação, acompanhado de dezenas de alunos e outros funcionários da entidade, receberam um diploma pelos 45 anos de existência.
A “Guardinha” é apoiada pelo Rotary Clube de Jundiaí, e durante a homenagem, seu presidente afirmou que por ela já passaram mais de 20 mil jovens, no que foi endossado pelo presidente da Câmara, Antonio Carlos Albino, que por ela também passou em sua adolescência.
Tudo estava indo bem. Após a leitura dos ítens da pauta da sessão, foi aberta a Tribuna Livre. Havia seis inscritos, mas um não compareceu. Uma falou da demora no Hospital São Vicente, outra falou sobre proteção aos animais, outro agradeceu as melhorias na Vila Maringá, até que…
Subiu à tribuna uma oradora que criticou o procedimento da Educação para conceder vaga em creche da Prefeitura. Disse ela que foi exigida uma declaração com firma reconhecida de que ela, a oradora, tinha em sua casa, morando lá, uma mãe interessada na vaga da creche. Feita a declaração e reconhecida a firma, a mesma foi entregue à Prefeitura.
E ela se mostrou surpresa e indignada porque, dias depois, apareceu em sua casa uma assistente social para conferir as informações. Não deveria se indignar. Deveria agradecer. Desde que foi adotada a conferência, acabaram-se as fraudes – antes muita gente de outras cidades procuravam Jundiaí, dando falsos endereços, para conseguir vaga em creche. E firma reconhecida não quer dizer nada – qualquer um pode ir a um cartório, declarar o que bem entender e reconhecer a firma (assinatura).
Foi então que o vereador Madson Henrique pediu questão de ordem. E começou falando sobre respeito às demais religiões (ele é evangélico). Mas uma senhora que estava na assistência começou a falar alto, e protestar. Não contente, desceu ao plenário e passou a falar cobras e lagartos para o vereador, que ficou meio sem graça. Foi precisa a intervenção da Guarda Municipal e de outros vereadores para acalmar a “possuída”.
Mais adiante, Faoaz Taha e Quezia de Lucca voltaram ao tema. E mais adiante ainda, quando o assunto estava quase esquecido, o vereador Roberto Conde, que é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, também se pronunciou, e até afirmou já ter sido vítima desses ataques. Todos concordaram num ponto: em ano de eleições, os ânimos ficam mais acirrados e tudo é pretexto para ganhar espaço entre o eleitorado. Benza Deus!

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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