Na sexta-feira (23), em um encontro com os cooperados da Cooperativa dos Coletores de Lixo São José, a Prefeitura anunciou a ampliação e modernização da Central de Triagem e Transbordo (CTT) de Atibaia, também conhecida como Usina de Reciclagem, na região de Caetetuba (Rua Seis). Na oportunidade, aconteceu a assinatura do contrato de repasse firmado pela Prefeitura de Atibaia junto ao Governo Federal, por intermédio do Ministério do Meio Ambiente e representado pela Caixa Econômica Federal (CEF), no valor de R$ 10 milhões, sendo R$ 8,9 milhões da União, após indicação de um senador da República, e 1,1 milhão de contrapartida da Prefeitura. A Central de Triagem e Transbordo é pioneira no Brasil quando o recorte analisado é o setor público. Com exceção da iniciativa privada, repleta de cases de sucesso em sustentabilidade, o modelo de Atibaia é uma referência incomum na esfera pública em todo o país, já que o recebimento, a triagem e a destinação dos resíduos sólidos domiciliares (secos e úmidos) da cidade garante volumes reduzidos do lixo que acaba dispensado em aterro sanitário licenciado. De acordo com a Saneamento Ambiental de Atibaia (SAAE), a CTT do município frequentemente é utilizada como referência para outras cidades, sobretudo da região, que buscam atender legislações ambientais existentes utilizando o modelo de Atibaia como projeto. Além disso, a central costuma receber visitas monitoradas, tanto de instituições de ensino públicas quanto privadas. O projeto de ampliação e modernização da Central de Triagem e Transbordo (que soma mais de 20 anos de existência) foi elaborado pela SAAE, companhia pública responsável pelo espaço em Atibaia. As instalações da CTT encontram-se deterioradas, mesmo com intervenções diárias e paliativas da SAAE para que a operação não sofra descontinuidade. Assim, ações definitivas, de alto custo, inviabilizadas até então por questões financeiras, já se mostravam necessárias e agora serão viabilizadas com o repasse de recursos destinado a Atibaia, garantindo a continuidade de um serviço essencial ao município e também o sustento de inúmeras famílias que se beneficiam da triagem dos resíduos, por meio da Cooperativa São José. Criada em meados de 2001, a Cooperativa dos Coletores de Lixo São José foi constituída a partir dos ex-catadores do “lixão” de Atibaia, que se organizaram, estruturaram o estatuto e elegeram um presidente. Como contrapartida aos esforços dos coletores – que atuam como agentes ambientais no município – a Prefeitura cedeu à Cooperativa a infraestrutura da Central de Triagem e Transbordo, com o direcionamento de todos os resíduos sólidos domiciliares (secos e úmidos) coletados em Atibaia. A SAAE mantém um convênio junto à Cooperativa São José, com direitos e obrigações das partes no que se refere à triagem e à comercialização dos materiais recicláveis. Além da manutenção dos equipamentos da CTT, a SAAE Atibaia arca com todos os custos relativos à energia elétrica e ao abastecimento de água do espaço, além dos funcionários disponíveis para reparos mecânicos e limpeza da área, entre outros.
Prefeitura anuncia obra na Central de Triagem e Transbordo de Atibaia
Por Anselmo Brombal
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