No coração do bairro Caxambu, o jovem Gabriel Fontebasso, a 5ª geração da família de origem italiana que dá o nome ao restaurante e à adega, resolveu mudar os rumos da carreira ao agregar a graduação em Biologia e o mestrado em Proteção Ambiental à propriedade da família, principalmente à produção de vinhos. Aluno do novo curso de Viticultura e Enologia da Etec Best, são várias ideias que estão em mente. “Dentre elas, temos o objetivo de produzir um frisante, um vinho fortificado e também a implantação de uvas finas no sítio. São conhecimentos que estou buscando no curso para trazer à adega”, disse.
Além de novos projetos envolvendo vinhos, a família também diversificou os negócios com a abertura de um restaurante há cinco anos. O espaço proporcionou o aumento do fluxo turístico. “A mensagem maior que a gente pode dar aqui no sítio é a alegria de poder receber uma pessoa ou uma família e levarmos um pouco da nossa família para a outra família”, comenta Rodinei Fontebasso, pai de Gabriel. A propriedade está inserida em dois programas da Prefeitura de Jundiaí: Programa Nascentes Jundiaí e Programa de Pagamento por Serviços Ambientais, ambos relacionados à proteção do meio ambiente, e também está na Rota da Uva.
Promovidos pela Prefeitura de Jundiaí, por meio da Unidade de Gestão de Agronegócio, Abastecimento e Turismo, diversos programas têm o objetivo de ajudar o agricultor a se fixar no campo, como a Subvenção do Seguro Agrícola, o Cultivo Protegido, o Programa Municipal de Apoio ao Agronegócio de Jundiaí, a Patrulha Agrícola, o Programa Nascentes Jundiaí e o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais.
“Temos investido em programas que visam tanto para a proteção dos mananciais e do produtor rural, como para a oferta de alimentos de qualidade, através de fomento ao agronegócio. São vários programas de estímulo à produção que fortalecemos em 2023. Para 2024, a meta é trazer números ainda melhores, como aconteceu com o Seguro Agrícola, que aumentou de 15% para 20% o valor do prêmio”, reforça o gestor da UGAAT, Eduardo Alvarez.
No bairro Medeiros, a floração e a beleza exótica da Pitaya são destaques que chamam a atenção de quem a vê pela primeira vez. No Sítio Suíço, quem cuida dos três mil pés é o jovem Caique Armagne Rosenberger, de 25 anos. Oriundo da cultura da uva, puxado pela tradição da família, o jovem decidiu inovar e começou a plantação de Pitaya.
“Cresci no meio rural e, com o tempo, fui pegando cada vez mais gosto. Como meu tio e a minha avó pararam de produzir uva, e o sítio tinha a necessidade de continuar vivo, tive a ideia de começar a produção de Pitaya. E deu muito certo, pois é uma fruta que, hoje em dia, tem bastante saída e que se adaptou muito bem à cidade”, disse. O jovem, além de ter cursado de Técnico em Agropecuária na Etec Best, está terminando o curso de Agronomia. “É gratificante perceber que a qualificação profissional faz a diferença nos novos modelos de Agronegócio. E temos o privilégio de poder contar com escolas técnicas que ofertam cursos nesta área no Município”, reforça o gestor Eduardo Alvarez.
O sítio produz três variedades de Pitaya: branca, vermelha e amarela. “A preferida do público é a vermelha, principalmente porque a cor chama bastante a atenção”. Cada pé de Pitaya produz, em média, entre 25 a 30 quilos.
Agroturismo e qualidade de vida mantêm negócios da família
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