Suspeita de fraude no setor elétrico causa espanto em Brasília: a Cia. de Eletricidade do Amapá (CEA), no apagar das luzes da antiga diretoria, firmou “reconhecimento de dívidas” de R$ 30 milhões com a Eletronorte, na época sob influência da Eletrobras. A suspeita é que o dinheiro seria tomado da vencedora da privatização da CEA para beneficiar alguém. A falsa dívida caiu no colo da Equatorial, que arrematou a estatal em licitação e passou a ser pressionada a pagar dívida, a rigor, inexistente. A atitude fraudulenta dos criadores de “dívida” ainda gerou suspeita de informação privilegiada sobre a desestatização da CEA, em 2021. O “reconhecimento de dívida” foi firmado sem a autorização do conselho de administração da CEA, como determina o estatuto social. O Tribunal de Contas e o Ministério Público de Contas do Amapá alertaram a Justiça de que a “dívida” é produto de fraude, mas foi inútil. Apesar da recomendação do MP de Contas e das ações que podem anular as “dívidas”, o TJ do Distrito Federal tem insistido no pagamento. As informações são do jornalista Claudio Humberto, do Diário do Poder.