Dando continuidade à missão técnica na cidade, a delegação do Paraguai finalizou na quarta-feira (24), a agenda de visitas ao município. Os representantes do Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social do país vizinho estão no Brasil desde o início da semana para entender as políticas públicas de saúde mental, a partir de agenda articulada pelo Escritório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)/Organização Mundial de Saúde (OMS). Jundiaí foi uma das cidades escolhidas pela estrutura da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
“A comitiva está tendo a oportunidade de conhecer o nosso trabalho in loco. Temos uma rede com fluxos bem definidos para garantir atendimento integral, resolutivo e humanizado”, observou o gestor de Promoção da Saúde, Tiago Texera, no Hospital São Vicente.
Na enfermaria de retaguarda do HSV, revitalizada pela gestão, a comitiva pôde compreender como funciona a oferta do cuidado interligado aos demais serviços da RAPS, sendo recepcionada pelo superintendente, Matheus Gomes, pelo diretor técnico do hospital, Marco Aurelio Cunha de Freitas, pelo diretor clínico, Frederico Michelino de Oliveira e pelo coordenador da equipe de psiquiatria, Guilherme Breschi.
“A Lei 10.216/2001 estabeleceu as diretrizes para o cuidado e Jundiaí caminha muito bem. Um dos diferenciais é a articulação entre os serviços nos diferentes níveis de atenção. O hospital geral, atuando com os CAPS, com as Unidades da Atenção Básica e demais equipamentos, é um fator importante para qualificar o cuidado ofertado”, comentou a consultora para o Envelhecimento Saudável, Saúde do Homem e Saúde Mental da OPAS/OMS–Brasil, Maria Cristina Hoffmann.
Nos dois dias em que esteve na cidade, a delegação também visitou o Centro de Convivência, Cultura, Trabalho e Geração de Renda, os Centros de Atenção Psicossocial, a Unidade de Acolhimento Adulto, o Serviço de Residência Terapêutica e a Clínica da Família Hortolândia.
O vice-ministro da Saúde Pública e Bem-Estar Social do Paraguai, Santiago Garcia Destefano, reiterou a importância da visita. “Resumo em uma palavra: foi fantástico. É interessante o foco que o Munícipio tem, como atua em rede e os espaços com regime aberto e atendimento acolhedor, além de terem um hospital com uma dinâmica muito interessante. Já percorri muitos lugares no mundo. Aqui, temos atenção humanizada, profissionais de primeiro nível, um modelo a ser replicado. Aprendi muito e quero aplicar em meu País”, ressaltou.
Para o coordenador de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, Alexandre Moreno Sandri, a experiência também foi positiva. “Tivemos a oportunidade de apresentar o que a RAPS do Munícipio conseguiu nos últimos anos, contribuindo para a transformação do modelo de saúde mental do País vizinho, que está no meio do processo. Nós também conhecemos um pouco da política de saúde mental do Paraguai”, enfatizou.
Delegação do Paraguai conclui visitas aos equipamentos de saúde de Jundiaí
RELATED ARTICLES