Boletim divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) revelou que o El Niño, conhecido pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico equatorial, chegou ao fim. Entretanto, há possível formação do fenômeno La Niña, que tem o efeito contrário ao El Niño, ou seja, diminuir a temperatura das águas do Pacífico, a partir do segundo semestre deste ano.
Segundo o documento, os principais efeitos do El Niño foram aumento da seca nas regiões Norte e Nordeste e da chuva na Região Sul. O principal efeito na segunda área foram as três grandes enchentes no Rio Grande do Sul, em setembro e novembro de 2023 e em maio deste ano.
O fenômeno do El Niño dá sinais de enfraquecimento desde fevereiro, mas os impactos são persistentes devido a à intensidade. “O atual padrão observado das condições de temperatura da superfície do mar do Oceano Pacífico indica valores próximos da média climática, ou seja, descaracteriza o El Niño e sinaliza condições de neutralidade”, detalha o boletim.
O boletim é feito em parceria do Inmet com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre (Cenad).
De acordo com as projeções estendidas do Instituto Internacional de Pesquisa sobre Clima e Sociedade, da Noaa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA), há a possibilidade de 69% da formação do La Niña até setembro.
Os efeitos desse fenômeno no Brasil são as tendências de chuvas acima da média em áreas das regiões Norte e Nordeste, e abaixo da média nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul a partir de outubro. Mas é cedo para prever a intensidade dos efeitos.
O pantanal de Mato Grosso do Sul é um bioma que costuma sofrer com a seca e os incêndios florestais causados pelo fenômeno La Niña e já atrai a atenção das autoridades climáticas.
El Niño chega ao fim e La Niña deve se formar até setembro
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