O estado de São Paulo ultrapassou, na tarde da quinta-feira (6), a marca de mil mortes por dengue. Segundo o Painel de Monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde, 1.004 pessoas morreram com a doença desde o início do ano.
O número é quase o dobro do registrado em 2015, ano com maior número de mortes da série histórica até então. Naquele ano, 510 paulistas foram vítimas fatais da infecção transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Mais de 1,4 milhão de casos de dengue foram confirmados em São Paulo neste ano. Na capital paulista, o número de infectados passa de 412 mil — 194 pessoas morreram com a doença até esta segunda-feira (3/6), quando o último boletim da Secretaria Municipal de Saúde foi divulgado.
Sintomas da dengue
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequados;
evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de conscientizar a população sobre a importância de medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes e instalação de telas em janelas e portas.