Após a baixa performance nas eleições municipais, uma ala do PSDB defende uma fusão com partidos maiores, como o MDB de Baleia Rossi ou o PSD de Gilberto Kassab. Lideranças da legenda consideram que a baixa votação de José Luiz Datena em São Paulo foi mais um sinal de que a sigla dificilmente voltará a ter o protagonismo perdido após as eleições de 2014, quando Aécio Neves foi derrotado por Dilma Rousseff na eleição à Presidência.
A fusão com grandes partidos estava antes fora de cogitação. O movimento significaria que o PSDB seria engolido no processo. Contudo, lideranças apontam que uma federação com o Solidariedade e com o PDT, em discussão atualmente, não vai solucionar o problema dos tucanos, que querem acesso a um fundo partidário maior e a chance de eleger maiores bancadas de deputados e senadores no Congresso.
Dessa forma, uma união com o PSD, partido que elegeu o maior número de prefeituras e que tem a maior bancada no Senado, passou a se tornar atrativa para os tucanos que não conseguiram se eleger para cargos executivos. A inclusão do MDB, que tem um número expressivo de parlamentares, também aguçou o paladar dos tucanos insatisfeitos.
Em uma fusão, os dois partidos formam um novo estatuto e discutem juntos as suas regras. Já a federação funciona como uma espécie de aliança, com duração mínima de quatro anos, na qual os partidos conseguem somar votos para eleger congressistas e precisam escolher um único candidato para disputar os cargos de prefeito, governador e presidente da República.
Além de São Paulo, o PSDB foi às urnas nas eleições de 2024 disputando outras seis capitais brasileiras. Ao final do pleito, não elegeu sequer um prefeito nessas cidades. Em 2020, os tucanos elegeram o prefeito da capital paulista, além de Natal (RN), Porto Velho (RO) e Palmas (TO).
Ala do PSDB defende o fim do partido após derrotas
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