Anselmo Brombal – Jornalista
Há alguns dias afirmei que estamos caminhando para um regime nazista, muito semelhante à Alemanha de Hitler. Teve gente que achou que eu estava exagerando. Pra quem não leu: discorri sobre os métodos de supressão de liberdades, sobre as ações do Judiciário, sobre o lenga-lenga das conversas do presidente cachaceiro, e citei exemplos. Mas eis que vejo uma foto de soldados do nosso Exército usando capacetes idênticos aos dos soldados nazistas. Pelo jeito assumiram que estamos mesmos muito próximos de uma ditadura escancarada.
Mas os últimos dias foram pródigos em exemplos nazistas. Voltaram com a velha história do golpe que seria dado em 2022. E prenderam até um general. A Polícia Federal prendeu um general do Exército.
Por etapas. Planejar não é crime, seja lá o que for. Uma quadrilha planejar um assalto a banco, por exemplo, não significa que esse assalto vai acontecer. Mas o Xandão não entende assim. “Descobriram” que havia um plano para envenenar o presimente, matar Alckmin e Xandão. Mas era planejamento, que não foi levado adiante. Portanto, não há crime. Pelo menos o Código Penal não prevê nem pune intenções. Somente fatos consumados, como roubo, homicídio, estelionato etc.
O mais grave, porém, é a Polícia Federal prender um general. Um militar só pode ser preso por um superior. O cabo pode, por exemplo, prender um soldado. Mas não pode prender um sargento. O militar só pode ser preso por policiais, ou até mesmo subalternos, se houver flagrante, que não é o caso. Após ser preso, esse militar precisa ser encaminhado a uma unidade militar, um quartel. E não à sede da Polícia Federal.
E ninguém se manifesta. O que está previsto em lei foi solenemente ignorado por Xandão e companhia. A OAB se fez de cega. Nenhum deputado ou senador levantou a questão, talvez por medo de Xandão. Resumindo: já vivemos uma ditadura.
E o ditador não é Lula. Lula, na realidade, é um babaca. Esperto, milionário, mas babaca. Quem manda de verdade é o STF, que se mete em tudo e todos aceitam. O mesmo STF que anulou até um indulto presidencial.
No STF, cada um tem seu papel. Luiz Barroso se faz de culto e educado. O pitbull é o Xandão. O mesmo Xandão que alterou as regras da eleição em 2022, criando outras, fora do prazo, para prejudicar Bolsonaro. Na época, ele presidia do TSE também. E isso não é defesa de Bolsonaro. Isso é defesa da legalidade.
Como diriam os italianos, siamo fritti e infarinati.