No último sábado (30), a Prefeitura de Jundiaí, por meio da Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, realizou, no auditório da Dae Jundiaí, a 1ª Conferência Municipal do Meio Ambiente e do Clima, que teve como tema central “Emergência climática: o desafio da transformação ecológica”. A conferência contou com a participação de gestores públicos, ambientalistas, membros da sociedade civil e interessados no tema.
“Quando falamos em emergência climática, pensamos nas ações necessárias para combatê-la e mitigar os seus efeitos. Nesse contexto, o trabalho de conscientização exige uma sintonia entre as responsabilidades dos governantes e a participação ativa da população, que é essencial para enfrentar esse desafio”, disse o gestor de Planejamento Urbano e Meio Ambiente de Jundiaí, Sinésio Scarabello Filho.
A conferência teve como propósito central incentivar a participação ativa da população na construção de estratégias que enfrentam os desafios climáticos, alinhadas a cinco eixos temáticos: mitigação; adaptação e preparação para desastres; justiça climática; transformação ecológica; e governança e educação ambiental. “A Conferência do Clima de Jundiaí é uma oportunidade crucial para alinharmos estratégias locais e globais no enfrentamento das mudanças climáticas. É um momento de unir ideias, ações e compromissos que farão a diferença para o futuro do nosso planeta”, enumerou o diretor do Departamento de Planejamento, Gestão e Finanças da UGPUMA, Guilherme Theodoro Nascimento Pereira de Lima.
Durante o evento, os participantes debateram e elaboraram 10 propostas, sendo duas para cada eixo temático, que serão encaminhadas para a etapa estadual da conferência. Além disso, foi eleita uma delegação, composta por 11 pessoas, que representará Jundiaí na conferência estadual. A escolha respeitou critérios de gênero, etnia e segmento (público ou privado).
A discussão também contou com a participação de palestrantes, como a superintendente da Fundação Serra do Japi, Vânia Plaza Nunes, que falou sobre emergência climática. “Nos últimos tempos, tenho observado com preocupação os seguidos casos de incêndios florestais, as secas prolongadas e as inundações. Esses eventos mostram claramente que estamos diante de uma crise ambiental que exige urgência nas ações e um compromisso real de todos para proteger o nosso planeta”, reforçou Vânia.
Propostas eleitas:
1- Mitigação: Transformar a mobilidade urbana com transporte público eficiente e sustentável, promover mobilidade ativa, descentralizar serviços e garantir 20% de áreas verdes nos municípios.
2- Adaptação e Preparação para Desastres: Criar planos de ação e alerta para desastres com foco em treinamento, acolhimento de pessoas e animais, além de monitorar e preservar recursos hídricos frente às mudanças climáticas.
3- Justiça Climática: Implementar programas de áreas verdes por habitante, combater o racismo ambiental, promover segurança alimentar e conectar ecologicamente bairros periféricos com participação comunitária.
4- Transformação Ecológica: Incentivar a agricultura sustentável, revitalizar áreas urbanas ociosas para moradias populares e áreas verdes, promovendo o uso sustentável do território.
5- Governança e Educação Ambiental: Garantir gestão integrada e participativa com conselhos deliberativos, ampliar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e combater o analfabetismo ambiental com ações práticas e inclusivas.
