quarta-feira, 11 dezembro, 2024
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2024 deve ser o ano mais quente já registrado na história

O planeta Terra registrou o segundo novembro mais quente da história. Dados do observatório europeu Copernicus, divulgados na segunda-feira (9), mostram que o mês teve temperatura média superficial de 14,10ºC, número 1,62ºC acima do nível pré-industrial (1850-1900). A marca perde apenas para novembro de 2023 (14,22º).
Em meio aos resultados, o observatório europeu estima que há 99% de chance de 2024 superar os registros de 2023 e se tornar o ano mais quente da história.
Segundo o levantamento, novembro foi marcado pela continuação de secas históricas na maior parte da América do Norte e do Sul, Rússia ocidental, Chifre da África, sul da China e África Austral. Outras regiões, por sua vez, registraram chuvas acima da média, como Estados Unidos, Ásia Central e partes do Chile, do Brasil e da Austrália.
As altas temperaturas também foram observadas no oceano, onde a média global foi de 20,58°C – número apenas 0,13ºC abaixo do registrado em novembro de 2023. O cenário impactou as regiões polares. Na Antártida, por exemplo, o gelo marinho atingiu o menor valor mensal para o período, ficando 10% abaixo da média.
No geral, novembro foi o 16º mês, em um período de 17 meses, em que a temperatura média global da superfície superou os 1,5ºC em comparação com o período pré-industrial.
A publicação do levantamento acontece poucas semanas após a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), realizada em Baku, no Azerbaijão. O encontro, que reuniu mais de 200 países e organizações, terminou com um acordo de US$ 300 bilhões por ano em investimento para conter as mudanças climáticas.
A ideia é impedir que a temperatura global suba mais de 2ºC. Isso porque o Acordo de Paris estabelece metas de longo prazo para orientar as nações a reduzir substancialmente as emissões globais de gases de efeito estufa para limitar o aumento da temperatura global em 1,5ºC até 2100. A meta, no entanto, conseguirá ser cumprida apenas se os os países conseguirem reduzir as emissões significativamente até 2030.
Caso o objetivo não seja alcançado, cientistas alertam que o mundo terá cada vez mais eventos climáticos extremos, como chuvas fortes e ondas de calor severas, aumentando as destruições por inundações e incêndios florestais. O rápido derretimento das geleiras também aumentará o nível do mar, fazendo com que cidades costeiras desapareçam completamente.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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