Anselmo Brombal – Jornalista
Fernanda Torres ganhou o Globo de Ouro como melhor atriz. Até aí, tudo bem. Mas entendo que o Globo de Ouro deste ano foi falho. Faltaram concorrentes de peso, que certamente ganhariam alguma coisa. Atores e atrizes do nosso dia-a-dia, que não são indicados ao prêmio.
Lula, por exemplo. Quer ator melhor que ele? Ele representa diversos papéis, todos heróicos, mas não passa de vilão. Posa como estadista, mas não passa de ladrão. Poderia ser indicado na categoria Comédia, pelas asneiras que vive dizendo e por sua atuação em O Pagador de Promessas. Ou na categoria Tragédia, pelo que faz na vida real. Ou ainda na categoria Aventura, quando representa estar governando um país.
Sua mulher-cuidadora-trocadora de fraldas, seria outra séria candidata. No teatro brasilienses representa uma primeira dama. Não é. Não tem classe para isso. Não tem charme, não tem bom gosto. E não tem cérebro, como a maioria dos petistas.
Nem nosso “herói” nacional concorreu a algum prêmio. De aventura, ação. É o Capitão Cueca, na vida real o deputado federal José Guimarães, do PT. Aquele que escondia dinheiro na cueca. Continua firme, atuando como nunca, apoiado pelo diretor José Dirceu – outro possível candidato, na categoria Direção.
Alguns ministros do STF também ficaram de fora no Globo de Ouro. Alexandre de Moraes, o Big Xand, tem atuação magnífica, estupenda, irretocável, supimpa, no papel de O Grande Ditador. Gilmar Mendes e Luiz Barroso poderiam concorrer por sua atuação em O Mentiroso.
Até o Real, nossa moeda, poderia estar na categoria de Efeitos Especiais. Está incrível em seu papel em E o Vento Levou. A categoria Suspense também tem representantes, além do próprio Big Xand – a Polícia Federal. Não resolve, só dá a entender. Temos também filmes de ação, onde nossos heróis passam o dia nos quartéis pintando guias e cortando grama. Armados de pincéis e roçadeiras até os dentes.
Trilha Sonora seria uma categoria que premiaria Anitta. Sua música é clássica, quase erudita. Suas letras equiparam-se a textos de Shakespeare. Sua performance supera Liza MInelli. Ludmila e McPipoquinha poderiam ser indicadas como coadjuvantes. Atuações profundas e filosóficas.
Não sei se existe a categoria Construção. Mas, ao contrário de A Ponte do Rio Kwai, temos as nossas pontes, São as Pontes do Rio que Caem, e sempre. Teríamos também indicações de prefeitos atuando durante as enchentes – Afogados é fichinha perto da produção nacional.
Vamos com calma. Um dia chegaremos lá.