Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná representam 86% de todos os óbitos por dengue no país, registrados nos três primeiros meses do ano. São Paulo concentra 305 de um total de 430 mortes confirmadas no período. Dos 850 mil casos prováveis notificados, 73% se concentram nesses três Estados. Os dados foram divulgados ontem (8) pelo Ministério da Saúde.
“O que tem nos preocupado? Os óbitos”, destacou a secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão, durante coletiva de imprensa. Segundo ela, a letalidade por dengue no estado de São Paulo, neste momento, é maior do que a média nacional. “Todo óbito por dengue, em princípio, é uma morte evitável”, completou.
Mariângela ressaltou ainda a circulação do sorotipo 3 da dengue no país ─ tipo do vírus que não circulava no Brasil há mais de 15 anos e, por isso, encontra menos pessoas imunes ao contágio. Neste momento, 22% dos casos registrados são do sorotipo 3.
Dados da pasta indicam também que 72% dos casos de dengue registrados no estado de São Paulo são do sorotipo 3. “Temos mais gente suscetível a ele”, explicou a secretária. São Paulo identificou ainda a circulação do sorotipo 4 da dengue ─ ao todo, quatro casos foram notificados, sendo três confirmados para o sorotipo, informou a Agência Brasil.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que os meses de abril e maio, tradicionalmente, respondem como o período de maior registro de casos e, consequentemente, de óbitos por dengue ─ sobretudo na região Sudeste.
Segundo ele, a proposta de apresentar o balanço de três meses da dengue no país contribui, inclusive, para preparar a pasta para o que ainda está por vir nesse período.
Os principais sintomas da dengue são:
- febre alta;
- dor atrás dos olhos;
- dores no corpo, músculos e articulações;
- manchas avermelhadas na pele e coceira;
- náuseas.
Pacientes com dengue devem seguir a orientação e acompanhamento dos serviços de saúde, buscando repouso e hidratação com a ingestão de líquidos.