A Microsoft iniciou ontem (13), a demissão de 6 mil funcionários, o que representa quase 3% de sua força de trabalho global. Esse é o maior corte realizado pela empresa em mais de dois anos, em um momento em que a companhia intensifica seus investimentos em inteligência artificial.
O estado mais impactado foi Washington, sede da Microsoft, onde a empresa notificou as autoridades sobre a demissão de 1.985 funcionários vinculados ao seu escritório em Redmond.
Segundo a Microsoft, os cortes ocorrem em todos os níveis, equipes e regiões, com um foco maior na diminuição de cargos gerenciais. Os avisos começaram a ser enviados aos funcionários ainda ontem.
As demissões em massa acontecem poucas semanas após a divulgação dos resultados do trimestre encerrado em março, que apontaram vendas robustas e lucros acima das projeções de Wall Street. Os números foram recebidos com otimismo pelos investidores, diante de um cenário instável para o setor de tecnologia e para a economia dos Estados Unidos.
Em junho do ano passado, último dado disponível, a Microsoft contava com 228 mil funcionários em tempo integral, sendo 55% nos Estados Unidos.
Antes desse anúncio, a empresa já havia promovido uma rodada menor de cortes em janeiro, alegando motivos de desempenho. No entanto, os atuais 3% representam o maior ajuste desde o início de 2023, quando 10 mil trabalhadores foram desligados — aproximadamente 5% do total —, em linha com outras empresas de tecnologia que reavaliaram as contratações feitas durante a pandemia.
Todas as divisões da empresa estão sendo atingidas, incluindo a rede profissional LinkedIn e a plataforma de jogos Xbox.
A companhia não especificou o motivo exato das demissões, afirmando apenas que fazem parte de “mudanças organizacionais necessárias para posicionar melhor a empresa para o sucesso em um mercado dinâmico”.
Microsoft demite 6 mil funcionários; cortes afetam LinkedIn e Xbox
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