Integrantes da classe dos aracnídeos, os escorpiões são animais peçonhentos, podendo sua picada levar a sérios problemas de saúde. E, mesmo neste período, em que as temperaturas estão mais amenas, pode ocorrer o aparecimento desses artrópodes. A Vigilância em Saúde Ambiental, vinculada à Unidade de Gestão de Promoção da Saúde, ressalta a importância de medidas simples para evitar acidentes.
Entre as principais ações que precisam ser adotadas pelos munícipes, o coordenador da Visam, veterinário Luis Gustavo Grijota Nascimento, destaca o descarte correto de lixo e inservíveis. O acúmulo de resíduos e de entulhos, lixo, tijolos e madeiras empilhadas no interior dos imóveis ou nas áreas públicas, serve de abrigo para animais peçonhentos, como escorpiões, aranhas e serpentes, ou de algumas de suas presas, como as baratas e outros insetos, e para roedores.
As galerias pluviais e de esgotos também precisam estar livres de resíduos e de lixo. Outras ações recomendadas são: providenciar a instalação de barreiras físicas que impeçam o abrigo e acesso de escorpiões ao interior dos imóveis, como ralos escamoteáveis (tipo abre e fecha); colocação de rodinho na parte inferior das portas; vedação de frestas e rachaduras em paredes, pisos e janelas; instalação de telas milimétricas em janelas; e vedação e limpeza constante das caixas de gordura dos imóveis, que podem albergar quantidades grandes de baratas.
Em Jundiaí, as espécies mais encontradas são o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), que costuma habitar nas galerias de águas pluviais ou de esgoto, e o escorpião marrom (Tityus bahiensis), predominante em áreas menos urbanizadas ou rurais, em ambientes com acúmulo de material e/ou vegetação densa.
Grijota explica que o município segue as diretrizes do “Manual de Controle de Escorpiões” do Ministério da Saúde, que orienta as prefeituras sobre as ações necessárias para prevenir e controlar a população desses artrópodes, especialmente em áreas urbanas.
A Visam também orienta que, no caso de encontrar escorpião no imóvel, sempre que possível e seguro, deve-se matar ou aprisionar o animal em um pote ou vasilha e encaminhá-lo ao órgão, localizado na rua Bandeirantes 375, Vila Municipal. Em caso de recorrência, orienta-se solicitar uma vistoria pelo 156.
O que fazer em caso de picada
Ao ser picado por um escorpião, os sintomas iniciais mais comuns são: dor, sensação de ardência e inflamação no local. A gravidade da picada depende da espécie e da quantidade de veneno injetada, sendo que em crianças as consequências podem ser mais graves.
De imediato, deve-se procurar atendimento médico, preferencialmente nos pontos estratégicos com disponibilidade de soroterapia. Se a ocorrência for em crianças e adolescentes, o atendimento em Jundiaí ocorre no Hospital Universitário (HU), localizado na Praça da Rotatória s/n.º, no Jardim Messina. Já os demais pacientes devem procurar o Pronto Atendimento Central do Hospital São Vicente, na rua João Lopes 78 — Praça Dom Pedro II.