A Prefeitura de Jundiaí lançou ontem (22), no Paço, campanha de alerta para escolhas no trânsito, com foco especial na proteção aos motociclistas, público que concentra o maior número de vítimas fatais nas vias da cidade. A iniciativa inclui ações educativas, de conscientização e de fiscalização.
O lançamento ocorre em um momento de alerta para a cidade. Nos últimos 12 meses, Jundiaí alcançou o 1º lugar entre os municípios com mais de 300 mil habitantes no ranking de mortes no trânsito por 100 mil habitantes.
Com o slogan: “Não deixe um acidente contar sua história”, a campanha busca promover uma mudança de comportamento entre motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. O prefeito Gustavo Martinelli destacou que mais do que uma ação institucional, a proposta é um chamado coletivo.
Cenário em Jundiaí
A comparação dos primeiros cinco meses dos últimos anos aponta oscilação. Em 2022, foram registrados 12 mortes nas vias urbanas entre janeiro e maio, dos quais 5 eram motociclistas (42%). Em 2023, foram 10 mortes, novamente com 5 motociclistas (50%). Em 2024, houve queda para apenas 4 mortes nas vias urbanas, sendo 3 motociclistas (75%). Já em 2025, até o final de maio, os registros saltaram para 18 mortes, sendo 7 motociclistas (39%).
Ou seja, embora a porcentagem de motociclistas em relação ao total de mortes tenha diminuído em 2025, o número bruto de óbitos voltou a subir, tanto no total quanto especificamente entre os que ocupavam motos.
Somando os dados de janeiro a junho de 2025, foram 41 mortes no trânsito em Jundiaí, sendo 6 apenas no mês de junho, onde 5 eram motociclistas. A maioria dos acidentes fatais ocorre de forma pulverizada pela cidade, sem pontos críticos concentrados, o que indica que o comportamento dos condutores é fator determinante.
Já no Estado de São Paulo, os dados do Infosiga mostram que entre janeiro e junho de 2025 foram registradas 1.329 mortes de motociclistas, um aumento de 5,6% em relação ao mesmo período de 2024. Só no mês de junho, foram 236 mortes – 6,8% a mais que em junho do ano anterior.
Fatores de risco
Entre os fatores que contribuem para o aumento de mortes estão:
- A expansão acelerada da frota de motocicletas,
- A má formação de condutores,
- O uso da moto como ferramenta de trabalho;
- E comportamentos de risco como avanço de sinal vermelho, conversões proibidas e excesso de velocidade.