sexta-feira, 22 agosto, 2025
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Ultrafarma: planilha revela salário do empresário Sidney Oliveira

Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, recebia salário mensal de R$ 290 mil e ainda pegava empréstimos milionários da própria empresa de acordo com documentos reunidos pelo Ministério Público de São Paulo.

O empresário foi preso na Operação Ícaro, deflagrada na última semana contra um esquema bilionário de propina. Após se comprometer a pagar uma fiança de R$ 25 milhões, Oliveira foi solto na sexta-feira (17).

Antes da concessão da liberdade provisória, os advogados de Sidney disseram que ele não teria dinheiro e pediram a redução do valor estipulado para a fiança. Ao negar o pedido, os promotores do Gedec disseram haver uma “evidente confusão patrimonial” entre o investigado e a empresa.

“As investigações apontam que o patrimônio de Aparecido Sidney Oliveira não se encontra em seu nome pessoal, mas sim atrelado às pessoas jurídicas por ele controladas, sobretudo a Ultrafarma. Constatou-se que inúmeros bens móveis e imóveis colocados em nome de pessoas jurídicas pertencem, na prática, ao investigado”, dizem os representantes do MPSP.

“Conforme se verifica pela documentação ora acostada aos autos, o investigado se utiliza do dinheiro de suas empresas sob a rubrica de ’empréstimos’”, acrescentam.

Os promotores afirmam, ainda, que mais um indício da confusão patrimonial de Sidney Oliveira seria a compra de bens pessoais custeados pela própria Ultrafarma.

Operação Ícaro

Sidney Oliveira foi preso no último dia 12 de agosto na Operação Ícaro, deflagrada contra um esquema bilionário de propina envolvendo o fiscal da Fazenda de São Paulo Artur Gomes da Silva Neto. De acordo com as investigações, o servidor recebia pagamentos por meio de uma empresa de fachada registrada no nome de sua mãe para antecipar créditos tributários às empresas.

Além da Ultrafarma, a Fast Shop também foi alvo da operação e teve o diretor Mário Otávio Gomes preso. Outras empresas, como Oxxo e Kalunga, são alvos da investigação.

Ao contrário do que aconteceu com Sidney Oliveira, Artur Gomes da Silva Neto teve a prisão temporária convertida em preventiva. Os advogados do fiscal alegaram que ele estaria sofrendo de depressão profunda na cadeia, mas não obtiveram sucesso.

Condições para soltar investigados

Comparecimento mensal em juízo, para informar e justificar atividades.

Proibição de frequentar prédios relacionados com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, salvo se devidamente convocados.

Proibição de manter contato com demais investigados e testemunhas.

Proibição de se ausentar da comarca, sem prévia comunicação ao Juízo.

Recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga, após às 20h00.

Monitoração (tornozeleira) eletrônica.

Entrega de passaporte, no primeiro dia útil após a soltura.

Recolhimento de fiança, que fixo em R$ 25 milhões, considerado o altíssimo poder econômico dos requeridos, bem como a gravidade concreta e o provável prejuízo aos cofres públicos, no prazo de 5 dias.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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