segunda-feira, 13 outubro, 2025
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Uma fábrica de vagabundos

Anselmo Brombal – Jornalista

Que país pode crescer, se desenvolver, se projetar, se praticamente metade de sua população vive de favores do governo? Não se assuste: há 94 milhões de brasileiros que recebemos chamados benefícios sociais, como bolsa-família, Loas e outros. E logo vão receber botijões de gás também.

Isso custa muito dinheiro, e não existe almoço de graça. Quem paga tudo isso é quem trabalha e paga impostos, querendo ou não. Ou seja, essa camada que trabalha o faz para sustentar muitos vagabundos que estão numa camada inferior, e também para sustentar os canalhas que estão na parte superior.

Quando o presidente, um ministro, um deputado ou senador viaja, você paga a conta. Roubaram os velhinhos aposentados do INSS? O governo está devolvendo o dinheiro descontado indevidamente. Novamente você está pagando a conta. Os sindicatos e associações que encheram os bolsos não estão devolvendo um centavo sequer.

Agora o governo vai dar botijões de gás para o “pobre”. O correto é “nós vamos dar esses botijões de gás”. Fazendo as contas: se temos 94 milhões de dependentes de programas sociais, são esses 94 milhões que vão receber o gás. E hoje, um botijão de gás custa em média 100 reais. Ou seja, 9,4 bilhões quase todos os meses.

Há muita gente que merece todo tipo de ajuda. Mas a grande maioria é formada por vagabundos profissionais. Pelo sujeito que vende a cesta básica que ganhou de algum fundo social ou que a troca por cachaça ou maconha. Com o gás, vai dar no mesmo.

E pior – com essa demanda repentina (mais 94 milhões de botijões), certamente o preço do gás vai aumentar. Vão arrumar uma desculpa qualquer. Periga até faltar gás.

Posso ser radical, mas sou contra tudo isso. O país não está recuperando pessoas. Está formando vagabundos. Os mesmos vagabundos que a cada dois anos votam e escolhem seus padrinhos.  Como diria Millor Fernandes, trabalho não mata, mas vagabundagem não cansa.

Não vou viver para ver a desgraça que viveremos dentro de 10 ou 20 anos. Quem sabe, lá do inferno, possa assistir de camarote.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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