Anselmo Brombal – Jornalista
Incrível como aumentou o número de pessoas folgadas, aquelas que acham ser o centro do universo. Essa constatação pode ser feita em todos os lugares, a qualquer hora – sempre há um folgado para atrapalhar a vida dos outros.
Nos supermercados são comuns as cenas de carrinhos de compra abandonados no estacionamento. O folgado (ou a folgada) que o usou não teve o mínimo de bom senso de levá-lo de volta ao lugar a ele destinado. Deixa em qualquer lugar, atrapalhando e obrigando as pessoas educadas a fazerem a obrigação do (a) folgado (a).
Não só clientes são folgados. Outra cena comum é alguém estar passando suas compras no caixa quando algum fiscal interrompe tudo para fazer algum tipo de conferência, ou retirar dinheiro do caixa. Sem pedir licença. Falta de educação das grandes.
Em postos de combustíveis também não faltam exemplos. Tem pedestre que acha que o posto é extensão da calçada. Por ele anda displicentemente, como se estivesse em casa. Se o posto tiver loja de conveniência, há outro folgado – ou folgada – que abastece, deixa o carro ao lado da bomba e vai à loja. Será que dá muito trabalho colocar o carro num lugar longe da bomba?
Se é uma repartição pública, um banco, uma loja, novas cenas de folgados e gente sem educação. Você está sendo atendido, e do nada aparece alguém para fazer perguntas interrompendo sua conversa. Sem pedir licença. E sai sem dizer obrigado. Esse tipo merece o Troféu Cavalgadura.
Nos ônibus, a mesma história. Nem vamos levar em conta os assentos preferenciais para idosos, gestantes, deficientes, obesos – são aqueles e aquelas que sentam no meio do banco. Se alguém reclama…
O comércio também tem seus maus exemplos. Cenas comuns são funcionárias grudadas no celular, e o cliente esperando. Quando chamadas à atenção, alegam que era uma mensagem ou conversa urgente. E no tempo em que não havia celular, também não havia urgência?
Há um ditado que diz que para haver um folgado há alguém fazendo a parte dele. Por essas e outras está na hora de mudar o nome do país. Em vez de Brasil, poderia se chamar Estrebaria do Sul. República Esculachativa da Estrebaria do Sul.