As rusgas do prefeito Adeildo Nogueira, de Campo Limpo Paulista, com a Câmara, estão aflorando. Começou quando Adeildo reduziu o orçamento da Câmara para 2026 – na ocasião ele afirmou que a cidade “não tinha dinheiro para bancar luxo dos vereadores”. Acontece que as verbas para a Câmara já constavam na LOA, aprovada inclusive pela Câmara.
Quem não gostou da interferência foi o Ministério Público. Um parecer assinado pela promotora Mariana Ueshiba da Cruz Gouveia, classificou o corte imposto por Adeildo como ilegal, inconstitucional e atentatório à separação dos poderes.
A promotora citou a ADI 5287, onde o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o chefe do Executivo não pode reduzir propostas orçamentárias de poderes autônomos. O prefeito ignorou jurisprudência consolidada.
Pra complicar, a Câmara instalou uma comissão processante que pode resultar no impeachment de Adeildo. Não faltam justificativas.



