Mais de 11 mil agressores de mulheres foram presos neste ano pelas forças policiais de São Paulo, 4 mil deles apenas em operações especiais. Os esforços do Governo de São Paulo para combater a violência doméstica foram detalhados ontem (30) após a quarta operação especial realizada sobre o tema em 2025, pela primeira vez com integração entre Secretaria de Segurança Pública e Secretaria de Políticas para a Mulher.
Durante a operação Ano Novo, Vida Nova, 580 infratores foram presos, sendo 562 por meio de cumprimento de mandados de prisões temporárias e preventiva e mandados judiciais, além de 18 prisões em flagrante, demonstrando a efetividade da operação e o compromisso da Polícia Civil com o enfrentamento à violência doméstica. Ao todo, 1.828 policiais civis foram mobilizados, com o emprego de 745 viaturas, ampliando a presença policial e a atuação integrada das equipes.
“São pessoas condenadas que descumpriram medidas cautelares. Não vamos dar trégua. A defesa da mulher é prioridade”, disse o secretário de Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves.
A coordenadora de Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), Cristiane Braga, detalhou o perfil dos presos. “Temos crimes de toda ordem, mas a maior incidência é crime de lesão corporal e descumprimento de medida protetiva, o que mostra um perfil de desrespeito a decisões judiciais. Com isso, evitamos que ele reincida em condutas mais graves. A maioria deles são conviventes ou ex-conviventes, mais jovens e já condenados”, afirmou.
O balanço de 11 mil presos se refere ao acumulado de prisões até outubro, o que indica crescimento do número total até o fim deste mês.
As ações policiais integram a estratégia do Governo de São Paulo de enfrentamento permanente à violência contra a mulher, unindo ações repressivas, prevenção e políticas públicas de proteção. O objetivo é ampliar a segurança das mulheres, interromper ciclos de violência e assegurar o cumprimento rigoroso das decisões judiciais.
A mobilização de ontem envolveu todos os Departamentos de Polícia Judiciária do Interior e todas as seccionais do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, com atuação direta das Delegacias de Defesa da Mulher.



