Um sistema de tratamento de esgoto feito por biomassa granular, sem adição de produtos químicos, compacto e com menor consumo de energia no processo: a tecnologia “Nereda”, de origem holandesa, foi apresentado na terça-feira (19), em um encontro na sede administrativa da Dae Jundiaí.
O representante técnico e engenheiro químico Sérgio Ribeiro mostrou as funcionalidades do sistema, a convite do diretor presidente da empresa, Walter da Costa e Silva Filho, e do diretor superintendente de Engenharia, Valter Maia. Também estiveram presentes representantes da Companhia Saneamento de Jundiaí, responsável pela operação da Estação de Tratamento de Esgoto Jundiaí , onde a maior parte do esgoto da cidade é tratado, e da Cetesb.
Atualmente, o tratamento na ETEJ é do tipo “biológico aeróbio”, realizado por meio de lagoas de aeração com difusores flutuantes de membrana, com o objetivo de acelerar o processo natural que um curso d’água faz com microrganismos que se alimentam da matéria orgânica do esgoto, ajudando a eliminar os poluentes. A vazão média é de 1.200 litros por segundo.
Em Jundiaí, o lodo gerado no tratamento de esgoto passa pelo processo de compostagem e é transformado em fertilizante orgânico, para uso na agricultura.
“Esta é uma tecnologia inovadora, que garante uma operação mais limpa e uma qualidade excelente do efluente, além de custo competitivo e fácil operação”, disse Ribeiro. De acordo com Costa e Silva, Jundiaí busca alternativas para avançar ainda mais no processo de tratamento de efluentes. “Nossa cidade tem saneamento universalizado e é o momento de aprimorarmos ainda mais o processo de tratamento. Hoje, 100% do que é coletado é tratado, o que é um exemplo para todo o Brasil”, avaliou.
O gerente da Cetesb Jundiaí, Domenico Tremaroli, elogiou a tecnologia. “Não conhecia e foi muito interessante saber mais sobre os detalhes. É um avanço no tratamento de efluentes”, comentou.
Dae apresenta novas tecnologias para tratamento do esgoto
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