sexta-feira, 15 novembro, 2024
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Depois do El Niño, em aí a La Niña

O Brasil tem sofrido os impactos gerados pelo fenômeno climático El Niño nos últimos meses. No entanto, os meteorologistas e cientistas já estão de olho nas condições que o país deve enfrentar no próximo semestre. O motivo é a incidência da La Niña, que altera, mais uma vez, o regime de chuvas em diferentes regiões. O El Niño é responsável pelo aquecimento das águas do Oceano Pacifico. O fenômeno climático é marcado por causar secas extremas no Norte e Nordeste e enchentes na região Sul. A La Niña, por outro lado, é caracterizada pelo resfriamento do Oceano Pacífico, provocando aumento nas chuvas registradas no Norte e Nordeste do país, além de seca na região Sul. “A La Niña é um fenômeno natural de resfriamento além do normal das águas do Oceano Pacífico tropical central e leste. El Niño seria a fase oposta, de aquecimento além do normal das águas do Oceano Pacífico tropical central e leste”, explica Luciana Figueiredo Prado, professora e pesquisadora da Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A meteorologista Andrea Ramos, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirma que a La Niña também deve provocar temperaturas mais baixas na região Centro-Oeste. E lembra que foi durante o mesmo fenômeno que o Distrito Federal registrou o dia mais frio da história, em 2022. Os termômetros marcaram 1,4ºC na estação meteorológica do Gama em 19 de maio daquele ano. A professora Luciana Prado ressalta ainda que o El Niño deve começar a enfraquecer em maio e junho, e logo em seguida o Brasil sentirá os efeitos da La Niña. “No entanto, ela deve atingir seu ápice apenas no final do ano, em dezembro”, complementa.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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