quinta-feira, 19 setembro, 2024
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Programa oferece cursos para atendimento à mulher vítima de violência

O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), abriu as inscrições para o curso gratuito “O Atendimento à Mulher com Deficiência Vítima de Violência”, voltado a promotores, delegados, delegadas, assistentes sociais e demais profissionais que atuam na área de proteção. A iniciativa é parte do programa TODAS in-Rede, que disponibiliza aulas online tanto para a rede de apoio à mulher vítima de violência, quanto para mulheres com deficiência. Este curso, realizado em parceria com a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), capacita estes profissionais sobre como receber, atender e orientar mulheres com deficiência que tenham sido vítimas de violência ou de violação de direitos a partir de um olhar empático (veja os temas das aulas abaixo). As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas até 25 de abril pelo link: https://apps.univesp.br/sdpd/. “O curso trata de como a mulher com deficiência que foi ou é vítima de violência deve ser recebida, atendida e acolhida por profissionais da rede proteção da melhor forma possível. É necessário que todos os profissionais saibam como receber e lidar com essas mulheres, fazendo os encaminhamentos necessários e prestando as orientações adequadas”, afirma a coordenadora do programa TODAS in-Rede da Secretaria, Caroline Reis. São quatro profissionais especialistas no tema ministrando aulas na modalidade de Ensino à Distância (EaD) em quatro módulos, com aulas gravadas, indicação de material pedagógico e supervisão dos especialistas. Os temas abordados serão: O contexto da mulher com deficiência vítima de violência; Marcadores sociais de gênero e raça; Capacitismo, o que é isso?; História da pessoa com deficiência com foco na história da mulher com deficiência; Deficiência Intelectual; TEA – Transtorno do Espectro Autista; Deficiência Auditiva; Deficiência Visual ; Surdocegueira; Deficiência Física; Legislação e Tipificação da Violência; Legislação e amparo legal; Tipificação de violência contra à mulher com deficiência; Como identificar as violências sofridas por mulheres com deficiência; Perfil das violências sofridas pelas mulheres com deficiência; Escuta Qualificada e Efetiva; Acessibilidade Instrumental; Tecnologias Assistivas: como garantir um atendimento de qualidade; Comunicação Alternativa; Pilares de Enfrentamento à mulheres vítimas de violência: A importância do trabalho em rede. O curso de 40 horas terá início em 29 de abril e término em 2 de agosto. Os usuários que alcançarem 75% de participação serão certificados. Dados do Atlas da Violência 2023, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mostram que o número de notificações é bem mais elevado para o grupo de mulheres com deficiência intelectual (45,0 notificações para cada 10 mil pessoas com deficiência), quando comparadas aos homens (16,2 notificações para cada 10 mil pessoas com deficiência). A principal violência interpessoal contra pessoas com deficiência indicada pelos dados analisados é a violência doméstica, que atinge sobretudo mulheres com deficiência física: são 70,4% das notificações, enquanto para o grupo de homens com essa deficiência o percentual de notificações foi de 57,9%.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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