Em busca da certificação ISO 9001:2015, que define um modelo de gestão de qualidade, a Estação de Tratamento de Água do Anhangabaú (ETA-A) foi escolhida para abrigar um projeto piloto, que será expandido, no futuro, para todos os setores da Dae Jundiaí. Considerada uma das principais unidades da empresa, a ETA-A é responsável por tratar a maior parte da água fornecida à cidade e opera 24 horas, de forma ininterrupta.
Na Dae, o processo para obtenção do certificado ISO 9001 teve início em março de 2023, a partir de uma parceria firmada entre a empresa e a Sanasa Campinas. Internamente, em seguida, foi criada a Comissão de Qualidade, formada por servidores de diferentes diretorias, sendo Novos Negócios e Assuntos Regulatórios a responsável pela implantação.
De acordo com a diretora da área, Ingrid Graziele, a escolha pela ETA-A se deu pelo controle de processos já executado com eficiência na unidade e identificado no diagnóstico preliminar de mapeamento. “A entrada e saída na ETA Anhangabaú, ou seja, o processo, está todo bem definido, por isso avaliamos que seria um local interessante para darmos este pontapé. A ideia é que o trabalho desenvolvido na Estação seja replicado para toda a empresa”, conta.
Segundo ela, foi contratada uma consultoria para fazer o acompanhamento de implantação da ISO 9001 na unidade; em seguida, os servidores que lá atuam e os membros da Comissão de Qualidade participaram de um treinamento, tendo início então a implementação do processo. Em até dez meses, será avaliado se a ETA poderá buscar uma certificadora e, então, obter a ISO. “O objetivo é aumentar a qualidade da entrega, alcançando uma gestão mais eficiente e mais satisfação por parte dos usuários.”
Servidor da Dae há 27 anos, o gerente de Tratamento de Água, Erickson Marcanzola, sempre atuou na ETA-A. “Quando cheguei, em 1997, tudo era feito de forma manual. Com o passar dos anos, fomos avançando na criação de procedimentos e no monitoramento”, diz.
A partir de 2009, teve início o processo de monitoramento contínuo de todas as etapas do tratamento. Desde então, 57 equipamentos passaram a acompanhar a entrada da água bruta até a saída da água tratada. “Por meio do laboratório de monitoramento da ETA, conseguimos acompanhar a água em todo seu processo de clarificação, ou seja, até a sua adequação para consumo humano”, detalha.
Hoje, a ETA-A conta com 12 operadores, além de estagiários, que se revezam em turnos para garantir a qualidade da água que chega às torneiras. A capacidade máxima de tratamento é de 2.400 litros por segundo. Para Marcanzola, ter na ETA o projeto piloto é motivo de reconhecimento. “A ETA Anhangabaú é uma linha de produção. É um desafio, mas ao mesmo tempo é gratificante. Todos os nossos colaboradores serão fundamentais para este trabalho”, afirma.
ETA Anhangabaú vai abrigar projeto piloto
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