Anselmo Brombal – Jornalista
A sabedoria popular garante – quanto mais se mexe na bosta, mais ela fede. Foi o que aconteceu – e ainda está acontecendo – com ministros do STF, principalmente com o todo-poderoso Alexandre de Moraes.
Xandão, como é conhecido, sempre teve mania de mandar, sede de poder. Assim foi quando se tornou secretário de Segurança Pública de São Paulo; e assim continuou quando chegou ao STF. Nos últimos cinco anos, deitou e rolou, ignorando a Constituição e outras leis auxiliares. Perseguiu desafetos, mandou prender gente, instaurou inquéritos (o que não é de sua competência) e em alguns casos ele foi a vítima, o acusador (promotor) e o juiz de si mesmo.
Hà um caso, provado, que Xandão e seus juízes auxiliares planejaram sequestrar um brasileiro, porque a Interpol não quis prendê-lo e porque os Estados Unidos se recusaram a extraditá-lo. Só aqui no país das bananas para acontecer isso.
Mas um dia Xandão mexeu com o cara errado. E esse cara é Elon Musk, dono do antigo Twiter, que agora se chama X. É como aquela rua onde mora um valentão, que aterroriza a vizinhança e todo mundo tem medo. Até que apareça um que resolva enfrentá-lo. Aí todo mundo quer bater.
Coincidência ou não, a Folha de São Paulo está publicando uma série de crimes de Xandão à frente do STF e do TSE. Com provas. Essa série de reportagens vai longe. É praticamente norma um jornal começar com pitadas, despertando a curiosidade, e deixar as bombas mais para o final. Imagina-se o que vem por aí.
Como era esperado, a corriola do STF saiu em defesa de Xandão. Todos são cúmplices, justifica-se. Já é dado como certo seu impeachment – que já teria acontecido se o Congresso não fosse formado por deputados e senadores bundas-moles. E se Xandão cair, vai levar mais gente com ele.
O penico é grande, e a quantidade de merda por enquanto é imensurável. Só dá para garantir uma coisa: apesar de trágico, é divertido. Mexe mais, mexe!