segunda-feira, 25 novembro, 2024
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Vacina aplicada no SUS reduz risco de dengue em 50%, diz estudo

A Qdenga, vacina contra a dengue que está disponível no SUS, reduz pela metade o risco da doença, revela pesquisa publicada em agosto na revista Vaccines. O imunizante também foi considerado bastante seguro, apresentando poucos efeitos adversos nos voluntários acompanhados.
Realizada por pesquisadores da Universidade de Bolonha, na Itália, a investigação foi a primeira meta-análise global sobre a eficácia da TAK-003, mais conhecida como Qdenga.
“São resultados muito bons e que não são fruto de uma conclusão precipitada: foram necessários muitos anos para desenvolver uma vacina com resultados tão bons”, afirmou o médico Lamberto Manzoli, diretor da Escola de Medicina Preventiva da Universidade de Bolonha, que coordenou o estudo, em comunicado à imprensa.
Os pesquisadores se debruçaram sobre os dados de 19 estudos científicos sobre a vacina. Ao todo, as informações compreendiam dados de 20 mil voluntários, de diversos grupos sociais e nacionalidades.
Os resultados mostraram que a vacina reduziu o risco de contrair a doença pela metade. Além disso, houve uma manutenção da quantidade de anticorpos mais de um ano após a vacinação, tanto com uma única dose quanto com as duas doses recomendadas para o esquema completo.
Entre aqueles que receberam duas doses, mais de 90% desenvolveram anticorpos contra a dengue. A resposta imunológica também foi considerada boa nas pessoas que só receberam uma dose: mais de 70% dos voluntários desenvolveram anticorpos.
Os pesquisadores italianos sugerem que a vacina seja usada em todos os países onde a doença é endêmica. Outra sugestão é imunizar os viajantes de países não-endêmicos que visitam as áreas de maior risco.
Fabricada pelo laboratório Takeda, a vacina Qdenga foi aprovada no Brasil em março de 2023 e começou a ser aplicada em janeiro de 2024. Nesse primeiro momento, por conta da escassez de doses disponíveis, o imunizante foi destinado no SUS apenas aos jovens entre 10 e 14 anos. Pessoas de outras faixas etárias que desejavam ser vacinadas precisaram recorrer a clínicas particulares.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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