O risco de apagões fez voltar à pauta a possibilidade de retorno do horário de verão. Na segunda-feira (11), tanto o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, quanto o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, aventaram chance de a medida ser implententada ainda neste ano.
Durante participação em um evento sobre gás natural em Brasília, Alexandre Silveira afirmou que há estudos para a possível volta do horário de verão. O momento atual é descrito como “crítico”.
“Estamos em uma fase de avaliação ou não do horário de verão. O horário de verão, nós sabemos que apesar da divisão da sociedade com relação a ele, a maioria da sociedade nas pesquisas de opinião aponta que aprova o horário de verão”, afirmou o ministro à imprensa.
Em outro momento, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, também tocou no assunto. Ele sustentou que não vai haver falta de energia, mas considerou o horário de verão como positivo. “Nós precisamos todos ajudar. Horário de verão pode ser uma boa alternativa para você poupar energia. Campanha para você economizar energia (é outra alternativa), você procurar desperdício”, defendeu.
Embora a possibilidade da volta do horário de verão tenha sido levantada por autoridades do Executivo, o governo federal tem negado risco de apagão. Por outro lado, a administração federal tem tomado providências para reforçar a geração e a distribuição de energia.
O principal motivo da preocupação é a baixa nos volumes dos reservatórios das usinas hidrelétricas. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com 52,79% da capacidade. É o mais baixo entre todos. Depois vêm Nordeste (53,87%), Sul (57,65%) e Norte (77,81%).
O horário de verão foi extinto em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida consiste no adiantamento dos relógios em uma hora. A medida costuma vigorar de outubro de um ano a fevereiro do outro.
Risco de apagões pode trazer de volta horário de verão
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