quarta-feira, 23 outubro, 2024
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Baixa cobertura vacinal de pets aumenta riscos de zoonoses

Desde a infância, as vacinas fazem parte da rotina de qualquer pessoa. Ainda bebês, é comum marcar presença no posto de saúde mais próximo de casa. Na fase adulta, essa realidade continua se perpetuando por um bom tempo. Entre os pets, esse é um hábito mais do que necessário. Os bichos também passam por esse período de imunização contra doenças. Por isso, é necessário estar atento ao calendário vacinal do seu amigo de quatro patas.
Apesar da importância, 85% da população brasileira não anda realizando a vacinação de pets, de acordo com dados disponibilizados pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sidan, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal, o número indica uma baixa cobertura vacinal contra zoonoses e doenças infecciosas que atingem animais domésticos, especificamente cães e gatos.
Na visão de Marina Bonfim, veterinária, quanto maior o número de animais vacinados em uma população, menor o risco de transmissão de doenças. Mas, para que haja o controle das doenças infecciosas em uma população, pelo menos 70% dos animais devem ser vacinados, garantindo, assim, a chamada imunidade de rebanho.
“Os baixos índices de cobertura vacinal para animais domésticos no Brasil podem ser atribuídos a diversos fatores, principalmente ao fato de que muitos tutores de animais não têm conhecimento adequado sobre a importância da vacinação e os riscos de doenças”, destaca a especialista. De acordo com Marina, é sempre importante que o tutor consulte um veterinário para determinar o calendário vacinal adequado e as vacinas específicas recomendadas para cada animal, considerando a região e o estilo de vida.
Cada vacina possui seus protocolos, que variam entre cães e gatos, bem como o histórico desses indivíduos. Se são animais de abrigo ou se mamaram na mãe ou não, muitos são os critérios descritos por Bruno Alvarenga, professor de medicina veterinária. “De forma geral, os cães têm como as vacinas essenciais as que irão prevenir contra sinomose, parvovirose canina e adenovírus canino. A vacinação é iniciada a partir de 6 a 8 semanas de vida”, explica.
A partir de 12 semanas, os cães já podem tomar a vacinação antirrábica. O reforço dessas vacinas, incluindo a de raiva, é recomendado com 1 ano de idade. A polivalente, entretanto, é indicada a depender do tipo de tecnologia da vacina com 6 meses ou 1 ano. Para os gatinhos, as vacinas também se iniciam a partir de 6 semanas de vida, sendo que as doenças de maior necessidade de prevenção são a panleucopenia felina, o herpesvírus felino e o cálice vírus felino — sendo recomendada, a partir da oitava semana de vida, a administração da vacina que irá prevenir a FeLV, a leucemia viral felina.
Em relação aos possíveis efeitos colaterais, em cães ou gatos, as reações vacinais, em parte, são iguais. É possível que esse animal, assim como uma criança nos primeiros três dias após a vacina, tenha um pouco febre, que o local da aplicação fique um pouco sensível ou que forme um ponto de inflamação, sintomas que normalmente passam após esse período. Vômitos e diarreias aparecem em casos mais raros.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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