Dores repentinas nas pernas, mudança na cor da pele e o aparecimento súbito de varizes estão entre os sintomas da trombose, uma condição grave que pode ter impacto significativo na saúde dos pacientes. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, mais de 489 mil brasileiros foram internados para o tratamento da doença entre janeiro de 2012 e agosto de 2023.
De acordo com a médica Allana Tobita, cirurgiã vascular membro da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia vascular), “trombose é a formação de coágulos e trombos que interrompem o fluxo sanguíneo, podendo ser fluxo arterial na circulação arterial ou fluxo venoso na circulação venosa, e pode acometer qualquer vaso do corpo”.
Segundo ela, “na trombose venosa ocorre uma falha da drenagem do sangue e do retorno venoso do sangue dos pés para o coração, causando sintomas como dores, cansaço, peso e inchaço. Tudo que favorece a lentificação do fluxo de sangue das veias, como obesidade, gestação, uso de hormônios, sedentarismo, cirurgias de grande porte, imobilidade, doenças oncológicas, presença de varizes e insuficiência venosa aumenta o risco de desenvolvimento da doença, que causa muito desconforto e riscos para o paciente, como o surgimento da embolia pulmonar, insuficiência venosa crônica, entre outras”.
A médica aponta alguns dos principais sinais da doença. De acordo com ela, “é importante que o diagnóstico seja feito precocemente para atuarmos no controle da doença e evitar que os sintomas se agravem”.
Dores agudas e repentinas nas pernas;
Mudança de coloração na pele das pernas para um tom mais escurecido;
Inchaço agudo e repentino em uma das pernas;
Aparecimento de vasos e varizes.
“A trombose não é uma fatalidade e sim uma doença prevenível e evitável. Deve-se tratar primeiramente as enfermidades responsáveis que provocam essa condição, como as varizes, insuficiência de safena, obesidade, traumas e cirurgias de alta complexidade, gestação de alto risco, entre outras”, detalha a médica.
O que provoca a trombose?
A doença surge como consequência de cirurgias de alta complexidade, operações abdominais, ortopédicas, varizes, insuficiência de safena e tratamentos oncológicos. Esses quadros podem gerar resposta inflamatória aguda ao trauma cirúrgico com formação de citocinas pro trombóticas, causando lentificação do fluxo sanguíneo, que dificulta a circulação sanguínea e cria ambientes propícios para formação de coágulos.
Prevenção e tratamento
O hábito da ingestão regular de líquidos é uma das principais recomendações na prevenção da trombose, pois colabora para a melhoria da fluidez sanguínea. Além disso, a prática de exercícios físicos e o uso de meias de compressão podem ser grandes aliados da circulação nas pernas.
“A atividade física constante auxilia a ativar a função de ‘bomba da panturrilha’, responsável pela ejeção do sangue das pernas para o coração. Neste contexto, a meia elástica também é uma das principais medidas preventivas para melhorar o fluxo sanguíneo, o retorno venoso, a drenagem linfática e ativação da circulação. Algumas meias como os modelos da SIGVARIS GROUP possuem uma tecnologia que auxilia no tratamento dos desconfortos causados pela trombose e de desconfortos comumente relatados, como o calor, a qualidade do elástico e a textura do tecido, entre outros. Na dúvida, sempre consulte um médico”, finaliza.