sexta-feira, 22 novembro, 2024
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Solidão na velhice aumenta em 31% risco de desenvolver demência

Sentir-se solitário na velhice aumenta em 31% o risco de desenvolver demências, como o Alzheimer. É o que aponta um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual da Flórida (Estados Unidos), publicado na revista Nature Mental Health. Ao todo, foram analisados 600 mil participantes, que partilharam relatos de solidão e saúde neurológica.
O estudo diferencia a solidão do isolamento social. Isso porque o isolamento social acontece quando o idoso não tem uma rede de suporte, como família ou vizinhos, ou alguém com quem possa interagir no dia a dia. Já a solidão é um sentimento que pode surgir mesmo caso a pessoa tenha uma boa convivência social.
Além da maior chance de desenvolver demências, os pesquisadores descobriram que sentir-se insatisfeito com as relações sociais afeta a função cognitiva, como memória e concentração. Neste caso, o impacto vale para todas as idades.
“A solidão pode ser um fator de risco para demência, semelhante a como a inatividade física ou o tabagismo aumentam os riscos à saúde. Como a solidão se tornou mais comum com o aumento do isolamento social, essas descobertas enfatizam a necessidade de apoio comunitário e intervenções de saúde mental”, diz um trecho do estudo.
Martina Luchetti, professora que liderou a pesquisa, disse que os resultados não são surpreendentes, dadas as evidências crescentes que ligam a solidão a problemas de saúde. Ela enfatizou que, agora que há evidências sólidas, é fundamental que os países tentem prevenir a solidão e apoiem o bem-estar e a saúde cognitiva dos idosos.

Anselmo Brombal
Anselmo Brombalhttps://jornaldacidade.digital
Anselmo Brombal é jornalista do Jornal da Cidade
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