O GAC – Grupo de Artilharia de Campanha – vai mudar de nome. E a mudança começa no próximo ano. Será Grupo de Artilharia Antiaérea e Companhia de Comunicações. A mudança faz parte do Plano Estratégico do Exército, e deve ser concluída em 2027.
Os primeiros a chegar serão os mísseis de curto alcance RBS-70, já usados pelo Exército. Deverão ser duas baterias desses mísseis, fabricados na Suécia. Há previsão de instalação também de sistemas de artilharia antiaérea de médio alcance. Além dos mísseis, haverá radares e um centro de operações.
Segundo o Centro de Comunicação Social do EB, “a transformação ocorrerá de acordo com os recursos orçamentários disponíveis, iniciando-se a partir de 2025, conforme o calendário estabelecido na Diretriz de Implantação do Projeto, ainda em fase de elaboração. A mudança de nome da unidade ocorrerá com a chegada dos mísseis antiaéreos e dos meios de comando e controle da futura Companhia de Comunicações”.
A transformação da Unidade não visa a modernização do material de artilharia de campanha empregado, que se destina ao tiro superfície-superfície, mas à mudança de natureza, passando a ser dotado de sistemas de artilharia antiaérea, voltados ao emprego superfície-ar, de acordo com o centro de comunicação do Exército. Por enquanto, os obuseiros 155mm não deixarão de ser usados pelo 12º GAC. Encerrado o processo de transição, os canhões serão levados para outras unidades militares que possuem o mesmo tipo de material.
O Comando de Defesa Antiaérea possui organizações militares distribuídas pelo território nacional, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Amazonas. A futura Companhia de Comunicações a ser instalada em Jundiaí será responsável pelas comunicações entre o comando e suas organizações militares subordinadas, além de ligar o comando ao escalão superior e aos meios da Força Aérea Brasileira, destinados à defesa do espaço aéreo nacional.
“Para proteção do espaço aéreo, ter instrumentos de comando e controle modernos, eficientes e flexíveis permitirá uma defesa mais eficaz. A Companhia de Comunicações poderá agregar diversos meios para que as ligações sejam estabelecidas, desde os mais comuns, como de telefonia fixa, internet, até comunicações seguras através de satélites destinados à comunicação militar”, conclui o Centro de Comunicação do Exército.
Mudanças
A unidade existe desde 1919 em Jundiaí, e começou como Grupo de Artilharia de Montanha. Em 1932 passou a se chamar Grupo de Artilharia de Dorso (equipamentos transportados em lombo de animais) e em maio de 1946 tornou-se 2º Grupo de Obuses 155, equipando-se com o excedente norte-americano da Segunda Guerra Mundial. Até então, o grupo usava canhões Krupp de 105 mm, fabricados na Alemanha.
Sua denominação atual, 12º Grupo de Artilharia de Campanha, aconteceu em 1973. Seu atual comandante, coronel Fábio Piai Fornasin, deixa o cargo no começo do próximo ano, e será substituído pelo tenente-coronel Madureira, filho do general Madureira (já falecido), que comandou a unidade entre 1998 e 2000, quando era tenente-coronel. Seu avô, também coronel Madureira, exerceu o comando nos anos 1960/1970.