O Brasil está se aproximando da marca de 6 mil mortes por dengue em 2024. Segundo dados do painel de monitoramento do Ministério da Saúde, até o sábado (14), foram contabilizados 5.922 óbitos pela doença. Outras 1.067 mortes, por sua vez, estão sob investigação – isto é, para ver se há relação com a infecção.
Este é o maior número de mortes confirmadas por dengue desde o início da série histórica do monitoramento pela pasta, em 2000. Até então, o número mais alto era o de 2023, quando, durante todo o ano, 1.179 pacientes morreram pela doença. Neste ano, a marca foi ultrapassada ainda no primeiro semestre, no dia 10 de abril.
Em relação aos casos prováveis de dengue, o número já chega a 6.606.414 – o que significa que o coeficiente de incidência da doença, para cada 100 mil habitantes, é de 3.253,4. O estado de São Paulo continua liderando o número de infecções prováveis, com 2.159.404 registros. Em seguida, aparecem Minas Gerais (1.692.072) e Paraná (653.814).
Apesar do alto número de infecções e óbitos, a incidência da dengue vem diminuindo gradativamente no Brasil. Em outubro, o governo aumentou o número de equipes de vigilância em saúde, que atuam diretamente nas comunidades para prevenir a disseminação de doenças.
Além disso, os estados vêm realizando, em dias alterados, o “Dia D de Mobilização” contra a dengue. Neste sábado (14), por exemplo, a mobilização aconteceu em todo o país. O objetivo é incentivar a população a adotar medidas simples e eficazes para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da dengue, zika e chikungunya.
O que é a dengue?
A dengue é uma doença febril causada pelo vírus dengue (DENV), que é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A doença costuma ter uma prevalência maior durante o verão – quando há mais períodos de chuva –, já que a água parada em galões e tonéis, por exemplo, auxilia no aumento de criadouros do mosquito.
Os principais sintomas da dengue são febre acima de 38°C, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A doença pode progredir para formas graves, associadas ao extravasamento de plasma, hemorragias ou comprometimento de órgãos, que podem evoluir para o óbito.
Como se proteger?
Substitua a água dos pratos dos vasos de planta por areia;
Deixe a caixa d’água tampada;
Mantenha as piscinas limpas;
Remova do ambiente todo material que possa acumular água, como pneus e garrafas;
Desobstrua calhas, lajes e ralos;
Lave as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova e jogar as larvas na terra ou no chão seco;
Guarde baldes e garrafas com a boca virada para baixo;
Use de telas nas janelas em áreas de reconhecida transmissão;
Use repelente.
Existe tratamento?
Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento da doença é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Dessa forma, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:
Repouso;
Ingestão de líquidos;
Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência se houver sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
Retorno para reavaliação clínica de acordo com orientação médica.