Anselmo Brombal – Jornalista
O tempo muda as situações. Depois que inventaram o telégrafo, criou-se a profissão de telegrafista; depois do rádio, o radialista. E outras desapareceram por se mostrarem inúteis ante as novidades. Não existe mais kardexista, nem apontador de ponto em departamentos de pessoal.
De todas as maldições modernas, talvez a pior sejam os “influencers”. Ganham muito dinheiro para exibir suas idiotices na internet. Para dar opiniões sobre o que não sabem nem entendem. Basta ver alguma coisa de um tal de Felipe Neto – que gravou vídeo agitando os braços e gritando que era uma foca.
E esses “influencers” vivem e sobrevivem porque existe muito idiota seguindo suas pregações. Seriam os “idioters”. Que a cada dia carreiam fortunas para esses babacas das redes sociais. Um é idiota esperto, que ganha dinheiro com as idiotices; o outro é um idiota de fato, que perde tempo vendo isso e seguindo seus influenciadores.
E não é pouco dinheiro. São milhões. A ponto de alguns desses “influencers” exibirem relógios caríssimos, carros mais caros ainda e ostentar vida de luxo. Os “idioters” aplaudem. É como usufruir do orgasmo alheio.
E nada mais irritante que aspirante a “influencer”. Vídeos ridículos postados no YouTube mostram essa gente implorando: dê um like, se inscreva no canal, compartilhe. Devem ser ignorados, jogados na lata de lixo da memória coletiva. Assim evitam que surjam novas gerações de idiotas.
E se hoje já está ruim, dá para imaginar como nosso mundo estará daqui a dez anos. Ninguém quer saber de estudar. Todo mundo quer ser jogador de futebol, cantor sertanejo, “influencer”. E essa vocação para idiotice está começando cada vez mais cedo.
Sinal que também os idiotas serão multiplicados.