O Ministério da Saúde autorizou a ampliação do uso da donepezila para tratar pacientes com Alzheimer em estágio grave. A medida foi publicada ontem (15) no Diário Oficial da União e passa a integrar as diretrizes terapêuticas do Sistema Único de Saúde (SUS). Até então, o medicamento era oferecido apenas a pessoas com sintomas leves ou moderados da doença.
A proposta de ampliação partiu da própria pasta, durante a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da doença. Estudos apontaram benefícios na continuidade do tratamento com donepezila em fases mais avançadas, com possibilidade de retardar a evolução da perda cognitiva e adiar a internação de pacientes em casas de repouso, por exemplo.
A expectativa é de que 10 mil brasileiros sejam beneficiados no primeiro ano da nova oferta, que começa a valer em 180 dias, ou seja, em quase 6 meses.
De acordo com o Ministério, o paciente poderá usar a donepezila de forma exclusiva ou combinar o uso com a memantina – outro medicamento que retarda o avanço do Alzheimer – também disponível no SUS. O estudo realizado pelo órgão aponta que o uso contínuo das medicações amenizaram os sintomas da doença e conseguiram preservar a qualidade de vida e autonomia dos pacientes.
O atendimento a pessoas com Alzheimer no SUS inclui acompanhamento multidisciplinar em centros especializados, apoio domiciliar pelo programa Melhor em Casa e acesso a outras medicações como rivastigmina e galantamina. As diretrizes também recomendam o uso de terapias complementares e suporte psicossocial.
Medicamento para Alzheimer grave passa a ser oferecido pelo SUS
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