A exposição Holocausto: para que nunca se negue, para que nunca se esqueça e para que nunca mais se repita, em exibição no Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão, já ultrapassou, na quarta-feira (24) a marca dos 11 mil visitantes. Em duas semanas, dentro desse quantitativo, a mostra contabiliza 335 estudantes, 170 professores e outros milhares de visitantes espontâneos, dos quais, 35% são crianças acompanhadas.
Com instalações montadas pela Unidade de Gestão de Cultura, por meio do Departamento de Museus, a exposição temática traz fotos, documentos, mapas, textos, depoimentos e instalações artísticas, e conta ainda, em sua composição, com outras duas exposições: “Shoá: como foi humanamente possível?” e “Os justos entre as nações da Lituânia”, respectivamente, propostas pelos parceiros Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto de São Paulo e Consulado Geral da República da Lituânia de São Paulo.
O diretor do Departamento de Museus, Paulo Vicentini, ressalta o formato da contagem. “Para fins estatísticos, o Departamento adota esta diferenciação na contagem, excluindo os visitantes que vêm somente para os jardins e separando o que é visita espontânea do que é visita provocada. Para esta exposição sobre o Holocausto, por exemplo, por conta da importância de se abordar o tema junto aos mais jovens, e, portanto, mais suscetíveis ao discurso nazi-fascista, temos feito um trabalho reforçado junto aos educadores e às turmas escolares, que vêm a convite do Museu para receber formação e visita monitorada. Por isso a importância desta diferenciação”.
O gestor de Cultura, Marcelo Peroni, ressaltou a importância do interesse do público. “Esta exposição é resultado da parceria e provocação do Memorial, que no ano passado me convidou para um evento, do qual saí sensibilizado e certo da importância de ampliar a parceria e trazer para Jundiaí e região uma exposição que tratasse do tema. Tema esse relevante e que vai ao encontro da nossa proposta, enquanto Cultura, de entender, atuar e refletir sobre os comportamentos sociais e as necessidades de mudanças”.
Entre os milhares de visitantes, a Denise Bonilha aproveitou suas férias para gravar conteúdos para o seu canal em redes sociais sobre Turismo Histórico e Cultural. “Já fiz a Rota Afro no último fim de semana e hoje decidi visitar o Museu. O Holocausto sempre foi um tema pelo qual me interessei, já visitei o campo de Dachau, na Alemanha. Sei que tem gente que não consegue visitar uma exposição como esta. Aliás, não me lembro de uma exposição assim, com percurso e raciocínio tão bem definidos. Sei que tem gente que não conseguiria visitar, mas a mim o efeito é outro, me prende, me intriga. Principalmente a parte das instalações com o som do piano tocando a música judaica e o latido dos cães. Tudo isso com entrada gratuita”, comentou.
Outro visitante, o repositor de mercado Abner Almeida visitou a exposição logo na primeira semana e reforçou a importância do tema para a conscientização da sociedade. “Sempre me interessei pelo tema, mas aqui na exposição pude me aprofundar nos detalhes. Achei interessante ver como o regime Nazista começou e conseguiu se alastrar de forma tão rápida. Também me chamaram a atenção as ilustrações das crianças, que perderam suas infâncias e compartilharam suas sensações, para que mais ninguém viva isso. Falar sobre o tema é importante e necessário, apesar de difícil. A educação e a informação salvam”.
A exposição fica em cartaz até o dia 06 de agosto, com entrada gratuita e faixa etária indicada para maiores de 12 anos. Crianças menores dessa idade poderão fazer a visita somente se acompanhadas de adultos responsáveis. O Museu fica na rua Barão de Jundiaí 762 – Centro, e fica aberto diariamente, com entrada gratuita, das 10 às 17 horas.
Jundiaí: exposição sobre o Holocausto já ultrapassa os 11 mil visitantes
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