Anselmo Brombal – Jornalista
Na manhã da quarta-feira, dia 9 de julho, Marcão do Povo, do SBT, fez algo tão idiota, tão sem sentido, que merece entrar para os anais das “barrigadas” da história do Jornalismo. Com o escândalo que lhe é peculiar, anunciou um grande assalto na região do Parque do Ibirapuera, na Capital, e que o lugar estava repleto de viaturas policiais.
Não houve assalto. Era o desfile de comemoração de aniversário da Revolução Constitucionalista de 1922, protagonizada pelos paulistas. Marcão do Povo não sabia. E essa ignorância mostra bem o nível das pessoas ditas comunicadoras, atualmente infestando a Tv, a internet e as redes sociais.
Num lado, os “jornalistas” incultos e mal informados. De outro, pessoas que se acham jornalistas. Hoje qualquer idiota pode estar no YouTube falando suas asneiras. Há quem acredite. Os tais influenciadores se multiplicam mais do que ratos ou coelhos. E alguns, como o Marcão do Povo, ficam com o S-Besteira.
Se a informação tivesse sido conferida, Marcão escapava do vexame. Não havia somente viaturas policiais. Havia militares do Exército, Marinha e Aeronáutica. Havia escolas, havia bandas e escoteiros.
Não é só o Marcão. Há “jornalistas” que se preocupam em repassar uma informação qualquer, sem conferir. E quando passam pelo vexame, quando assinam seu atestado de idiotice, não se preocupam em desmentir. Fica o dito pelo não dito.
E para ajudar a formar mais idiotas, há ainda o fato de sermos um país de iletrados, de um povo desinteressado por História e Cultura. Coisa que se arrasta há anos, que está nos péssimos professores, nas faculdades e principalmente nos governos. Sabe-se muito mais sobre a Mc Pipoquinha do que a situação real do país.
Foi-se o tempo em que jovens liam Agatha Christie, Julio Verne, Sidney Sheldon, Eric Van Daniken, Frederick Forsith, Camões, Euclides da Cunha… Foi-se o tempo em que repórteres iam ao local dos fatos e conferiam suas informações.
A tendência é piorar. Os velhos jornalistas são uma raça em extinção. Os novos, se é que podemos chamar de jornalistas, em ascenção. A idiotice é um fato. Oremos.